Documentos da PF conectam filho de Lula a suspeitos de fraude no INSS

Agenda apreendida e mensagens mencionam Fábio Luís em investigação sobre desvios na Previdência

21/12/2025 10:30

2 min de leitura

lulinha

Investigação da Polícia Federal envolve Fábio Luís Lula da Silva

A Polícia Federal, no âmbito da operação Sem Desconto, identificou referências diretas a Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, em materiais apreendidos relacionados a fraudes na Previdência Social. Durante a primeira fase da operação, em abril, uma agenda confiscada continha anotações ligadas a Lulinha, incluindo informações sobre credenciais para um camarote em Brasília e um flat em um condomínio de luxo.

A nova fase da operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e iniciada na última quinta-feira (18), trouxe à tona diálogos que evidenciam a conexão entre os investigados e o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mensagens e documentos revelam conexões

Conforme apurado, uma conversa entre a empresária Roberta Luchsinger e Antôni Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS“, ocorreu em 29 de abril de 2025, logo após a primeira fase do inquérito. Nela, Roberta alertou Careca sobre a apreensão de um item sensível, mencionando um envelope que continha o nome de um amigo durante a busca e apreensão.

Além disso, as anotações na agenda apreendida indicam informações sobre Lulinha, incluindo datas e contatos para a retirada de credenciais para um evento em Brasília.

Conexões financeiras e destruição de provas

A investigação aponta Roberta Luchsinger como um elo entre Lulinha e Careca do INSS, que é considerado o operador do esquema de fraudes. Roberta teria sugerido a Careca que se desfizesse de seus celulares para ocultar evidências, o que ele confirmou ter feito.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram que Roberta recebeu R$ 1,5 milhão de Careca, divididos em cinco transferências de R$ 300 mil, com menções a Lulinha nos documentos do STF.

Divergências na Polícia Federal

Dentro da Polícia Federal, há divisões sobre o andamento das investigações envolvendo Lulinha. Um grupo defende a continuidade das apurações para esclarecer seu envolvimento, enquanto outro acredita que as evidências são frágeis e que a menção a nomes influentes é comum na política.

Atualmente, a maioria acredita que não há provas concretas de participação direta de Lulinha nas fraudes, mas sua proximidade com os envolvidos justifica a continuidade das investigações.

Defesas rebatem acusações

A defesa de Roberta Luchsinger, liderada pelo advogado Bruno Salles, afirmou que as mensagens estão fora de contexto e que os negócios com Careca se limitaram a discussões iniciais sobre canabidiol, sem relação com o INSS. Sobre Lulinha, a defesa destaca que a relação é apenas de amizade.

Marco Aurélio de Carvalho, advogado de Lulinha, declarou que ele não é alvo formal da investigação e que as menções a ele são “fofocas” que visam desgastar o governo. O presidente Lula afirmou que todos, incluindo seus filhos, estão sujeitos a investigações se houver comprovação de irregularidades.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.