“Economist” critica a reeleição de Lula e recomenda mudança política

Editorial da Economist recomenda que Lula não busque reeleição

A revista britânica Economist publicou um editorial sugerindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve concorrer à reeleição em 2026. O principal argumento apresentado é a idade do presidente, que completou 80 anos em outubro, o que poderia ser um obstáculo para um possível quarto mandato.

No texto, divulgado em 30 de dezembro de 2025, a revista também critica o senador Flávio Bolsonaro, pré-candidato à presidência, descrevendo-o como “impopular e ineficaz”. Em contrapartida, sugere o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como uma alternativa viável para a direita.

Riscos da idade na política

O editorial destaca que, caso Lula vença as eleições de 2026, encerraria seu mandato aos 85 anos. A Economist argumenta que, apesar do talento político de Lula, a idade avançada representa um risco significativo para o Brasil. A publicação menciona o exemplo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que enfrentou desafios semelhantes ao tentar a reeleição aos 81 anos.

A revista também observa que Lula não possui adversários sérios no centro ou na esquerda que possam desafiá-lo na corrida presidencial. Para a Economist, o Brasil “merece escolhas melhores” em 2026, embora reconheça a força das instituições democráticas no país.

Alternativas e o futuro político

Sobre Flávio Bolsonaro, a Economist afirma que ele “quase certamente perderia uma disputa contra Lula”. O editorial sugere que outros candidatos, incluindo governadores competentes, estão sendo considerados. Tarcísio de Freitas é mencionado como uma opção que “deveria ter a coragem de se lançar na disputa”, sendo descrito como ponderado e democrata, ao contrário dos Bolsonaros.

Apesar das sugestões, Tarcísio já declarou que não concorrerá à presidência e manifestou apoio à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro. A revista considera improvável que Lula desista de sua candidatura e defende que os partidos de oposição se unam em torno de um nome que possa superar a polarização entre Lula e Bolsonaro.

Perfil ideal para a próxima eleição

A Economist propõe que o perfil ideal para um candidato seria de um político de centro-direita que busque reduzir a burocracia sem comprometer as florestas tropicais, que seja rigoroso no combate ao crime, mas que respeite as liberdades civis e o Estado de Direito. Essa abordagem, segundo a revista, seria fundamental para o futuro político do Brasil.

Fonte por: Poder 360