Economistas analisam impacto da derrubada do tarifaço de Trump sobre produtos brasileiros

Economistas Avaliam Redução de Tarifas dos EUA como Positiva para o Brasil

Economistas consultados consideraram a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de eliminar a tarifa adicional de 40% sobre diversos produtos brasileiros como um avanço significativo. A medida foi anunciada na quinta-feira, 20, e é vista como uma resposta à queda nas exportações do agronegócio brasileiro, que resultou em demissões e uma desaceleração econômica.

Impactos no Agronegócio e Relações Comerciais

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destacou que a redução das tarifas é melhor do que o esperado e pode ajudar a reverter a tendência negativa enfrentada pelo agronegócio. Ele enfatizou a importância de manter uma boa relação comercial com os EUA, mesmo com as diferenças políticas entre os líderes dos dois países.

Além disso, a expectativa é de que a medida traga uma perspectiva mais otimista para o mercado, especialmente para os frigoríficos, que podem se beneficiar diretamente da redução das tarifas.

Desafios para a Indústria Brasileira

Por outro lado, Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, alertou que a retirada das tarifas não resolve os problemas enfrentados pela indústria brasileira, que continuará a ser penalizada. Ele observou que, embora a decisão traga um mínimo de racionalidade ao comércio, ainda existem desafios significativos para o setor industrial.

Vale também mencionou que a estratégia de Trump de usar tarifas para estimular a produção industrial nos EUA pode forçar a indústria brasileira a repensar suas estratégias de exportação e produção.

Expectativas para o Mercado Financeiro e Cotação do Dólar

A retirada das tarifas pode não ter um impacto imediato na atividade econômica ou na inflação do Brasil, mas pode gerar uma reação positiva no mercado financeiro. A aceleração das negociações pode levar a uma queda na taxa de câmbio e a uma alta na Bolsa de Valores, contribuindo para um ambiente econômico mais favorável.

O economista André Perfeito prevê que a cotação do dólar pode romper a barreira de R$ 5,30, o que seria um sinal positivo para o setor externo. Ele ressaltou que a normalização das exportações, especialmente de café, pode resultar em um aumento significativo nas vendas para os EUA.

Fonte por: Estadao