Eduardo espera novas sanções e tarifas dos EUA contra o Brasil
Filho de Bolsonaro declara que Trump deve impor sanções a Padilha e Dilma e propõe ações para a família de Moraes.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) espera que os Estados Unidos sancionem novas medidas ou elevem tarifas contra o Brasil em reação aos processos em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está envolvido na Justiça brasileira.
Eduardo afirmou, em entrevista à Reuters, que o Brasil não conseguirá negociar a redução das taxas sem concessões do STF. “Os ministros do Supremo Tribunal Federal precisam entender que perderam poder”, declarou.
O deputado afirmou que essas restrições deverão, em breve, alcançar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e possivelmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) devido ao seu envolvimento no Mais Médicos.
O governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) anunciou na quarta-feira (13.ago) a revogação de vistos de funcionários do governo brasileiro que trabalharam no programa que envolve o trabalho de médicos cubanos no Brasil.
Eduardo declarou que não existe cenário em que a Suprema Corte vença essa situação. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo.
Ele sustentou que apoia punições contra Moraes e sua família, incluindo Viviane Barci de Moraes, advogada casada com o ministro, e que medidas tarifárias seriam “último recurso”.
O juiz, relator da tentativa de golpe, já foi incluído na lei Magnitsky, utilizada para aplicar sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.
Apesar disso, o congressista afirmou que sanções imediatas contra outros ministros do STF parecem improváveis. “Eu poderia esperar mais tarifas, porque as autoridades brasileiras não mudaram seu comportamento”, declarou.
Desde que reside nos Estados Unidos a partir de 27 de fevereiro, o congressista descreveu a tarifação norte-americana sobre produtos brasileiros como um “remedo amargo” para conter o que considera uma ofensiva contra seu pai – “réu no STF” por tentativa de golpe de Estado.
O deputado afirmou que quem tenta tratar a questão apenas por uma ótica comercial não terá sucesso. É necessário que os Estados Unidos sinalizem, em primeiro lugar, que estamos solucionando nossa crise institucional.
Fonte por: Poder 360