Einstein apresenta plataforma inovadora para cruzar dados climáticos

Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein Lança Plataforma Climática

A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein anunciará, na quarta-feira (12 de novembro de 2025), durante a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), uma nova plataforma que permitirá o cruzamento de indicadores climáticos.

O objetivo da iniciativa é integrar dados climáticos, de saúde e socioeconômicos, visando apoiar a formulação de políticas públicas. A proposta é correlacionar fatores climáticos com questões de saúde pública, permitindo a antecipação de riscos e o planejamento de respostas mais ágeis e eficazes.

Dados e Funcionalidades da Plataforma

A ferramenta contará com dados públicos ambientais, incluindo informações sobre ondas de calor, temperatura e umidade, além de dados sobre a saúde pública nos municípios e estados brasileiros.

Segundo Sidney Klajner, presidente da entidade, a integração desses dados permitirá identificar padrões de comportamento ao longo do tempo, facilitando a antecipação de crises e a organização do sistema de saúde para uma resposta mais eficiente.

Entre os principais conjuntos de dados que serão utilizados, destacam-se:

• Dados ambientais – temperatura, poluição, umidade e precipitação;
• Dados de saúde – internações, óbitos e notificações de doenças, especialmente respiratórias e cardiovasculares;
• Dados socioeconômicos – indicadores de vulnerabilidade, desigualdade e infraestrutura de saúde.

Mapeamento de Problemas Climáticos

Para o mapeamento, a plataforma utilizará informações públicas disponibilizadas pelo governo, abrangendo mais de 40 fontes, como o SUS (Sistema Único de Saúde), Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), garantindo dados específicos por município.

O foco é reunir dados dispersos para facilitar a análise nos seguintes aspectos:

• Comparação de indicadores entre municípios, estados e o país;
• Visualização de tendências temporais e espaciais da saúde da população;
• Identificação de correlações, como o aumento da mortalidade cardiovascular associado à elevação da temperatura.

A Organização Meteorológica Mundial anunciou que 2025 pode se tornar o 2º ou 3º ano mais quente já registrado, seguindo a tendência observada na última década. Klajner ressaltou que as mudanças climáticas, especialmente o aumento da temperatura, intensificam doenças respiratórias, cardiovasculares e infecciosas, transmitidas por vetores.

Fonte por: Poder 360