Eleição legislativa na Argentina termina com participação reduzida
Pleito crucial para Milei registra alta abstenção e determinará a influência do governo no Congresso. Confira no Poder360.
Baixa Participação nas Eleições Legislativas da Argentina
As eleições legislativas na Argentina, realizadas no domingo (26 de outubro de 2025), registraram uma participação popular abaixo do esperado. Nos oito distritos que votaram para renovar 127 deputados e 24 senadores, a média de comparecimento foi de 58%, cerca de 20 pontos percentuais inferior à média histórica.
De acordo com a Câmara Nacional Eleitoral, até as 18h, 66% do eleitorado havia exercido seu direito de voto. Os primeiros resultados oficiais devem ser divulgados a partir das 21h, horário local.
Desafios para o Governo de Javier Milei
Este pleito é crucial para o governo do presidente Javier Milei, do partido La Libertad Avanza. Com uma minoria nas duas casas do Congresso, Milei precisa expandir sua base parlamentar para aprovar reformas econômicas e privatizações que sustentam sua agenda política.
Desde que assumiu a presidência em dezembro de 2023, Milei tem enfrentado um Congresso fragmentado e um país dividido em relação às suas políticas. Atualmente, sua coalizão possui menos de 40 das 257 cadeiras na Câmara e apenas 7 das 72 no Senado, o que o força a negociar com partidos opositores e provinciais para conseguir aprovar seus projetos.
Milei Vota em Silêncio
O presidente Milei votou em uma escola de Buenos Aires, acompanhado de sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei. Ele se manteve em silêncio diante da imprensa, mas cumprimentou apoiadores e tirou selfies antes de deixar o local.
No X, Milei compartilhou uma foto depositando seu voto na urna, afirmando: “Cumpri meu dever cívico. Fim”.
A eleição renovará metade da Câmara dos Deputados (127 de 257) e um terço do Senado (24 de 72). Além de avaliar a popularidade de Milei, os resultados servirão como um termômetro para a governabilidade do presidente e o impacto de suas reformas.
Pesquisas de intenção de voto indicam que o peronismo mantém uma vantagem nacional de 2 pontos percentuais (37% a 35%) sobre o La Libertad Avanza. Embora o partido do presidente deva manter força em Buenos Aires, é improvável que consiga uma maioria absoluta.
Analistas apontam que o principal desafio será atrair novos aliados e ampliar a coalizão no Congresso, o que será fundamental para a sobrevivência política do governo libertário.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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