Em 2025, cubanos representarão 10% dos profissionais do Mais Médicos

A participação do país no programa resultou em Estados Unidos cancelarem vistos de funcionários e ex-funcionários do Ministério da Saúde.

14/08/2025 11:07

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Em 2025, cubanos representarão 10% dos profissionais do Mais Médicos
(Imagem de reprodução da internet).

De um total de 26.414 profissionais do programa Mais Médicos, 2.659 são cubanos, representando 10%. A participação de trabalhadores do país caribenho foi uma das justificativas utilizadas pelos Estados Unidos para revogar, na quarta-feira (13.ago.2025), os vistos de funcionários e ex-funcionários do governo brasileiro, além de ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e familiares.

Os funcionários em questão foram responsáveis ou envolvidos na cumplicidade do esquema de exportação forçada de mão de obra do regime cubano, que explora médicos cubanos por meio de trabalho compulsório.

O Departamento de Estado americano, em comunicado (íntegra – PDF – 247 kB), afirmou que essa ”estrutura” visa enriquecer o “regime cubano” corrupto e negar à população cubana cuidados médicos essenciais.

O painel do Ministério da Saúde que reúne dados do programa indica que a maioria dos profissionais do Mais Médicos é brasileira: 22.755 (86,18%). A data de referência dos dados é 8 de agosto de 2025. Consulte a tabela.

O programa Mais Médicos foi implementado em 2013, no governo da então presidente Dilma Rousseff (PT). Entre 2013 e 2017, o programa contabilizou 18.240 médicos inscritos, dos quais 8.332 eram cubanos (45,7%).

Os EUA, ao revogar vistos, mencionaram Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, ex-diretor de Relações Externas da Opas e atual coordenador-geral da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) para a COP30.

O comunicado do governo Donald Trump (Partido Republicano) afirma que, no âmbito do programa Mais Médicos do Brasil, essas autoridades utilizaram a Opas como intermediária com o regime cubano para implementar o programa sem observar os requisitos constitucionais brasileiros, contornando as sanções dos EUA a Cuba e, de forma consciente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos.

De acordo com o comunicado, “médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano como parte do programa”.

Fonte por: Poder 360

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