Entenda os casos de adultização citados pela Felca e os alvos da atuação do MP

Influenciador digital brasileiro lança vídeo mencionando outros criadores de conteúdo que exploraram menores.

12/08/2025 14:43

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Entenda os casos de adultização citados pela Felca e os alvos da atuação do MP
(Imagem de reprodução da internet).

O youtuber Felipe Bressamin Pereira, conhecido como Felca, lançou um vídeo sobre a exploração de menores de idade em conteúdos na internet. A publicação, realizada na quarta-feira (6.ago.2025), já ultrapassou 31 milhões de visualizações e aborda casos envolvendo influenciadores como Hytalo Santos e o canal “Bel para Meninas”. O material recebeu manifestações de apoio de celebridades e políticos.

O material possui duração aproximada de 50 minutos e apresenta vários exemplos de sexualização e exploração de crianças e adolescentes em plataformas digitais. A Felca demonstra no vídeo como os algoritmos das redes sociais contribuem para a disseminação desse tipo de conteúdo.

O vídeo trata do fenômeno da “adultização”, que consiste na exposição precoce de crianças a comportamentos e responsabilidades típicas de adultos. Segundo o youtuber, essa prática pode gerar traumas psicológicos e expor os menores a crimes como a pedofilia.

Denúncias registradas.

A investigação também envolve o influenciador paraibano Hytalo Santos, que conduz um estilo de vida extravagante acompanhado por jovens que ele denomina “filhos”. A Felícia também menciona o canal “Bel para Meninas” e a mãe da adolescente Caroliny Dreher.

As acusações contra Hytalo Santos envolvem a prática de um tipo de “isolamento” de menores e sua exposição a contextos adultos. Kamylla Santos, que o acompanha desde os 12 anos, realiza apresentações sensuais para um público adulto e é vista em vídeos com uma aparência “adultizada”. Ela foi emancipada aos 16 anos e realizou a implantação de próteses de silicone aos 17 anos.

As contas de Hytalo Santos foram desativadas nas plataformas. O influenciador já estava sob investigação do MP (Ministério Público) da Paraíba desde 2024, em decorrência de suspeitas de exploração de menores.

O Poder360 busca contato com a defesa de Hyttalo Santos e a questão permanece em aberto.

O canal “Bel para Meninas”, gerenciado pela mãe da influenciadora Bel Peres, foi acusado de submeter a menina a situações constrangedoras com o objetivo de aumentar o interesse do público. Um dos vídeos examinados mostra a criança sendo compelida a “dar uma lambida” em uma bebida que não lhe agrada, seguida de reação de náuseas.

Vocês conhecem a Bel para Meninas? [O canal] era protagonizado pela mãe da Bel e a Bel, na ocasião, uma criança. A busca pelo engajamento extrapolava o normal e surgiu um movimento de pessoas querendo proteger a Bel e derrubar o canal. Esse foi um dos maiores casos que já rolaram na internet sobre esse assunto.

O caso gerou uma ação civil pública movida pela Promotoria da Infância e Juventude de Maricá, em colaboração com o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Bel Peres, com 18 anos, utilizou seu perfil no TikTok para responder às críticas. Na ocasião, Bel defendeu seus pais das acusações de “inadequação” e declarou ter tido uma infância feliz.

“Em 2025 você acha que a Bel para Meninas, aquela que carregava duas mochilas na mão e que, somadas, rendiam um salário mínimo, estava sendo maltratada”, disse Bel.

Sobre a atuação do Conselho Tutelar, a influenciadora questionou: “Não, Bel, mas se não fosse verdade o Conselho Tutelar não ia na sua casa. Gente, tem criança vendendo bala na rua e o Conselho Tutelar não vai lá. Eles estavam muito ocupados protegendo uma menina super privilegiada, com a família maravilhosa, tudo em dia, notas boas”.

Bel ressaltou ainda o suporte recebido de seus pais em sua trajetória digital: “Se não tivessem me apoiado na carreira da internet, hoje eu seria uma desempregada sem vocação.”

No seu vídeo, ela relatou que iniciou sua carreira online aos dois anos e ainda mantém o mesmo desejo profissional aos dezoito anos. “[…] Eu tive uma infância muito boa. É claro que não foi algo legal as fake news, mas vocês têm que entender que eu teria outros tipos de trauma, todo mundo tem, a vida não é perfeita. E quem falhou comigo não foram os meus pais.”

Caroliny Dreher iniciou sua carreira digital aos 11 anos com vídeos de dança. Com o tempo, recebeu comentários de cunho sexual de homens adultos. Sob a administração da própria mãe, a menor começou a divulgar conteúdo sexualizado em diversas plataformas, incluindo sites adultos, quando tinha apenas 14 anos. Segundo Felca, o conteúdo teria chegado aos fóruns de pedofilia.

Conforme apurado pelo Extra, Caroliny está internada sob os cuidados da avó.

Francisca Maria, mãe de Kamylla Santos, manifestou seu apoio a Hytalo Santos, afirmando que está “com ele até o fim” e que “as pessoas não sabem de nada”.

Fonte por: Poder 360

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