Entenda quais indivíduos e entidades estão sujeitos à sanção dos EUA contra a Mais Médicos

O Departamento de Estado dos Estados Unidos cancelou vistos de dois brasileiros envolvidos na criação de um programa, acusando-os de apoiar o trabalho f…

14/08/2025 13:57

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo dos Estados Unidos cancelou os vistos de admissão de 2 brasileiros relacionados à criação do programa Mais Médicos. A ação, divulgada na quarta-feira (13.ago.2025) pelo Departamento de Estado, afeta Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, coordenador-geral para a COP30. Veja o documento completo (PDF – 247 kB).

De acordo com o governo dos Estados Unidos, os dois contratos “permitiram o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do programa Mais Médicos. O programa foi estabelecido em 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e contou com a participação de profissionais cubanos até 2018, quando o então presidente eleito Jair Bolsonaro (PL) interrompeu o acordo.

Mozart Sales é médico, formado pela Universidade de Pernambuco, com especialização em Medicina Legal e mestrado em Perícias Forenses pela mesma instituição. Mozart também é doutor em Saúde Integral no Instituto de Medicina Integral no IMIP (Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira).

Sales atuou como secretário de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde de 2012 a 2014, período em que o programa foi implementado.

Após a sanção, ele declarou que a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar seu visto é “injusta” e defendeu o programa Mais Médicos. “Esta sanção injusta não tira minha certeza de que o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS [Sistema Único de Saúde], o maior sistema público de saúde do mundo – universal, integral e gratuito”, declarou o secretário em publicação feita em seu perfil no Instagram.

Alberto Kleiman é bacharel em Direito pela USP (Universidade de São Paulo). Kleiman integrou a Assessoria Internacional do Ministério da Saúde de 2012 a 2015 e, posteriormente, atuou como diretor de Relações Internacionais da Organização Pan-Americana da Saúde até 2022.

Atualmente, Kleiman é coordenador-geral da COP30 da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica).

O mais médico.

O texto não menciona o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foi durante sua primeira gestão do órgão (2011-2014), durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que o programa Mais Médicos foi criado. O objetivo era atender à falta de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades.

Entre 2013 e 2017, o programa contabilizou 18.240 médicos inscritos, dos quais 8.332 eram cubanos. Não se sabe se outros funcionários ou ex-funcionários do governo brasileiro envolvidos na formulação do programa poderão ser sancionados – entre eles, o próprio Padilha.

Padilha classificou os dois indivíduos como “fundamentais para o Mais Médicos” e afirmou que o programa “sobreviverá aos ataques injustificáveis”. O Departamento de Estado declarou que sua atuação beneficiou o “corrupto regime cubano” e prejudicou o povo da ilha, privando-o de cuidados médicos essenciais.

Fonte por: Poder 360

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