Brasil Perde Posição na Mediação da Crise Venezuelana
Em uma recente entrevista, Fernando Tibúrcio, advogado especializado na defesa de perseguidos políticos, e Ricardo de Toma, doutor em Estudos Estratégicos Internacionais, afirmaram que o Brasil deixou de ser a principal força regional na resolução da crise na Venezuela. Essa mudança se deve à crescente influência dos Estados Unidos, impulsionada por pressões da oposição venezuelana.
Distanciamento do Brasil em Relação à Crise Venezuelana
Tibúrcio destacou um episódio que exemplifica o afastamento do Brasil da questão venezuelana. Um emissário de María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz de 2025, entregou documentos à senadora Tereza Cristina (PP-MS) que comprovavam uma vitória significativa da oposição, com mais de 80% dos votos. No entanto, as tentativas de apresentar essas informações ao governo brasileiro não tiveram sucesso.
O advogado ressaltou que, diante do aparente desinteresse do Brasil em assumir um papel ativo na mediação da crise, a oposição venezuelana se viu obrigada a redirecionar seus esforços para os Estados Unidos e alguns países europeus.
A Influência dos Estados Unidos na Questão Venezuelana
Ricardo de Toma enfatizou a importância do apoio dos Estados Unidos na luta da oposição venezuelana. Ele mencionou que María Corina Machado destacou dois pontos essenciais: a luta do povo venezuelano e o apoio explícito do presidente dos EUA, Donald Trump, à causa da oposição.
Conclusão sobre o Papel do Brasil na Crise Venezuelana
A análise dos especialistas sugere que o Brasil, ao se afastar da mediação da crise venezuelana, perdeu uma oportunidade significativa de influenciar positivamente a situação no país vizinho. A crescente dependência da oposição venezuelana em relação a potências estrangeiras pode ter implicações duradouras para a dinâmica regional.
Fonte por: CNN Brasil