EUA diminuirá efetivo militar no leste da Europa
Romênia expressa preocupação com a segurança após invasão russa da Ucrânia na linha de frente da Otan.
Estados Unidos reduz presença militar na Europa
O governo dos Estados Unidos anunciou que irá retirar uma brigada de sua frente leste na Europa, conforme informado pela Romênia nesta quarta-feira (29). No entanto, o exército americano garantiu que essa ação não deve ser interpretada como uma “retirada” do continente. A Romênia, situada na linha de frente da Otan, expressa preocupação com a segurança devido à invasão russa da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 e continua sem uma solução à vista.
O exército dos Estados Unidos esclareceu que essa movimentação não representa um comprometimento reduzido com a Otan e seu Artigo 5, que assegura a defesa mútua entre os países membros. Segundo a instituição, essa decisão é um indicativo de uma responsabilidade europeia fortalecida.
Reações e implicações da decisão
O ministro da Defesa da Romênia, Ionut Mosteanu, enfatizou que a retirada da brigada não significa a saída das forças americanas, mas sim o fim da rotação de tropas que estavam em diversos países da Otan, incluindo Bulgária, Romênia, Eslováquia e Hungria. Um funcionário da Otan minimizou a importância do anúncio, afirmando que a presença militar dos EUA na Europa permanece maior do que em anos anteriores, com um número significativo de tropas no continente desde a invasão russa.
Apesar disso, especialistas como George Scutaru, ex-conselheiro de segurança nacional da Romênia, alertam que essa decisão pode ser vista como um sinal negativo para a Rússia, que poderia interpretar a situação como uma diminuição do interesse americano na região do Mar Negro. Scutaru acredita que isso poderia encorajar Moscou a aumentar a pressão sobre a Romênia.
Consequências para a segurança da Romênia
Historiadores e analistas, como Phillips Payson O’Brien, professor na Universidade St Andrews, afirmam que a decisão de Washington pode enfraquecer a segurança da Romênia, um país que se encontra na linha de frente das tensões com a Rússia. O’Brien alerta que a Europa deve estar atenta, pois a proteção americana pode não ser garantida diante das ameaças russas.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.