Eve garante R$ 200 mi do BNDES para criar “carro voador”

Subsidiária da Embraer foca em aeronaves elétricas e já recebeu R$ 1,2 bi em financiamentos desde 2022. Confira no Poder360.

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O eVTOL da Eve terá capacidade para 4 passageiros, além do piloto, alcance de 100 km e espaço para duas malas ou 4 bagagens de mão

O eVTOL da Eve terá capacidade para 4 passageiros, além do piloto, alcance de 100 km e espaço para duas malas ou 4 bagagens de mão

Eve Recebe Aprovação de Empréstimo de R$ 200 Milhões do BNDES

A Eve, subsidiária da Embraer focada em aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOLs), obteve nesta terça-feira (9 de dezembro de 2025) a aprovação de um novo empréstimo de R$ 200 milhões do BNDES. Com isso, o total de crédito concedido pelo banco à empresa desde 2022 chega a R$ 1,2 bilhão.

Os recursos do financiamento serão utilizados para avançar no desenvolvimento do eVTOL, popularmente conhecido como “carro voador“. Além disso, a empresa se prepara para a campanha de testes visando a obtenção do certificado de tipo junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A Eve planeja realizar o primeiro voo do protótipo em escala real na virada do ano e é uma das líderes globais no setor de eVTOLs, com ações negociadas na Bolsa de Nova York.

Investimentos e Apoio do BNDES

Em agosto deste ano, a BNDESPar, braço de participações do BNDES, adquiriu 4% da Eve, investindo R$ 405,3 milhões em uma oferta de ações que captou US$ 230 milhões. No ano anterior, o banco já havia aprovado dois empréstimos para a empresa, um de R$ 500 milhões e outro de R$ 200 milhões, demonstrando um apoio contínuo ao projeto inovador.

Eduardo Couto, diretor financeiro da Eve, destacou que os novos recursos serão direcionados para acelerar a integração do sistema de propulsão elétrica, essencial para garantir desempenho, segurança e confiabilidade à primeira aeronave certificável da empresa. A fabricação das aeronaves ocorrerá em Taubaté (SP), nas antigas instalações da Embraer, com um investimento estimado de US$ 90 milhões para adequação da infraestrutura.

Perspectivas para o Futuro da Mobilidade Aérea

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, ressaltou que a fabricação do eVTOL representa uma inovação disruptiva e que a instituição está comprometida em apoiar o projeto. Ele expressou o desejo de que o primeiro voo aconteça em 2026, marcando 120 anos do histórico voo do 14-Bis, realizado por Santos Dumont.

Um estudo da Eve, divulgado em junho, projeta que o mercado global de mobilidade aérea urbana com eVTOLs poderá gerar receitas de US$ 280 bilhões até 2045, com uma demanda estimada de 30.000 aeronaves, capazes de transportar 3 bilhões de passageiros. Atualmente, a Eve possui um pipeline de pedidos não vinculantes que totaliza cerca de 2.800 unidades, representando uma receita potencial de US$ 14 bilhões.

Fonte por: Poder 360

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