Ex-diretor da PRF julgado por ter promovido Bolsonaro em 2022
Silvinei Vasques foi multado em R$ 546 mil e terá proibição de licitações com órgãos públicos por um período de quatro anos.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região condenou unânime o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, por improbidade administrativa. A decisão da 8ª Turma foi proferida na quinta-feira (14.ago.2025) e reformou sentença da Justiça Federal no Rio de Janeiro que havia rejeitado a ação.
O TRF2 considerou que o ex-diretor-geral empregou a PRF para favorecer Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, violando os princípios da impessoalidade, legalidade e moralidade. As ações mencionadas abrangem a doação de uma camisa de futebol com o número 22 ao então ministro da Justiça e postagens em redes sociais ligadas à imagem da instituição.
Vasques foi multado em R$ 546.631,92, o que corresponde a 24 vezes sua remuneração anterior, e está impedido de 4 anos de celebrar contratos ou obter vantagens de natureza pública.
O procurador da República, Eduardo Benones, que propôs a ação, argumentou que o emprego do “patrimônio imaterial” da PRF também representa um gasto de recursos públicos. A procuradora regional da República, Mônica de Rezende, afirmou que houve exaltação da figura do presidente-candidato e até pedido explícito de voto na véspera do 2º turno.
A decisão reforça que “o Estado deve atender ao interesse público, e não a projetos eleitorais individuais ou de grupos”, e que não se admite utilização política da máquina pública durante campanhas eleitorais.
Fonte por: Poder 360