Ex-presidente da Coreia do Sul é indiciado por abuso de poder
O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi indiciado por auxiliar um Estado inimigo e por abuso de poder. A promotora especial Park Ji-young anunciou novas acusações nesta segunda-feira (10 de novembro de 2025), relacionadas à imposição de lei marcial em 2024.
A investigação, que começou no início de 2025, apurava se Yoon ordenou voos de drones sobre o território da Coreia do Norte com o intuito de provocar Pyongyang e justificar a declaração de lei marcial. A promotoria afirma ter evidências suficientes para formalizar as acusações.
Detalhes da investigação e acusações
Yoon e outros envolvidos são acusados de “conspirar para criar condições que permitiriam a declaração de lei marcial de emergência, aumentando o risco de confronto armado intercoreano e prejudicando os interesses militares públicos”, segundo a promotora Park.
A investigação foi desencadeada após a destituição de Yoon em abril de 2025, e os eventos em questão remontam a outubro de 2024, quando teriam sido dadas as ordens para provocar a Coreia do Norte. Um memorando do ex-comandante de contra-inteligência de Yoon foi apresentado como evidência central, sugerindo a criação de uma situação instável.
Consequências e defesa de Yoon
Yoon já enfrenta outros processos relacionados a insurreição e à sua breve declaração de lei marcial. Se condenado, ele pode enfrentar pena de morte. Em sua defesa, Yoon alega que nunca teve a intenção de instaurar um regime militar, afirmando que a declaração de lei marcial visava alertar sobre irregularidades de partidos de oposição e proteger a democracia contra elementos considerados “anti-Estado”.
As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-53, que terminou com um armistício, mas não com um tratado de paz.
Conclusão
A situação política na Coreia do Sul continua tensa, com o ex-presidente enfrentando sérias acusações que podem ter consequências drásticas. O desdobramento deste caso será crucial para o futuro político do país e para as relações intercoreanas.
Fonte por: Poder 360
