Ex-ministro da Previdência de Bolsonaro tem conexão com Kassab
José Carlos Oliveira, ex-comandante do INSS, usa tornozeleira eletrônica e se filiou ao PSD em 2024, apoiado pelo Centrão.
José Carlos Oliveira e as Acusações de Fraude
José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho e da Previdência entre março e dezembro de 2022 durante o governo de Jair Bolsonaro, está sendo investigado pela Polícia Federal na operação Sem Desconto. Ele é acusado de fraudes relacionadas a descontos em aposentadorias. Embora não tenha sido preso, Oliveira está sob monitoramento com o uso de tornozeleira eletrônica, e a PF realizou buscas em seus endereços.
Em fevereiro de 2024, Oliveira se filiou ao PSD e concorreu a uma vaga de vereador em São Paulo, recebendo 16.550 votos, mas não foi eleito. Ele já havia ocupado uma cadeira na câmara municipal de outubro a dezembro de 2012, também pelo PSD, onde atuou como suplente.
Relação com Gilberto Kassab e o Centrão
Oliveira possui uma forte ligação política com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Durante sua filiação ao partido, foi fotografado ao lado de Kassab, que destacou a determinação de Oliveira em sua trajetória política. Antes de ser ministro, Oliveira foi presidente do INSS de novembro de 2021 a março de 2022, indicado pelo PSD com apoio de partidos do Centrão, que sustentavam o governo na época.
Ele também tinha proximidade com o ex-deputado Arnaldo Faria de Sá e outros políticos do MDB e do PL. Oliveira ingressou no INSS em 1985 e ocupou diversos cargos, incluindo diretor de Benefícios e superintendente da autarquia no Sudeste.
Investigações e Suspeitas de Corrupção
A Polícia Federal investiga a gestão de Oliveira no INSS, onde ele autorizou acordos com entidades suspeitas de realizar descontos ilegais em aposentadorias. Um dos contratos sob suspeita foi com a Ambec, que, após a autorização de Oliveira, viu um aumento significativo em suas filiações e arrecadações.
Mensagens interceptadas indicam que o esquema de descontos indevidos estava ativo durante seu mandato como ministro. Oliveira é descrito como um dos pilares da fraude, recebendo vantagens indevidas e mantendo contato com um empresário que atuava como operador financeiro do grupo. Conversas revelam que pagamentos de propina eram discutidos, evidenciando a gravidade das acusações.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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