Ex-projeto de mineração de Eike será vendido em 2026 por US$ 5 bilhões
Porto do Sudeste e Morro do Ipê são atualmente de propriedade da Mubadala, de Abu Dhabi, e da Trafigura.
Venda do Porto Sudeste e Morro do Ipê deve movimentar US$ 5 bilhões
Um projeto anteriormente idealizado pelo empresário Eike Batista, que inclui um terminal portuário e uma mina, está previsto para ser vendido em 2026. A negociação pode alcançar US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 26 bilhões) e deve atrair o interesse de mineradoras internacionais e fundos de infraestrutura. O processo competitivo foi reaberto para que potenciais compradores analisem os dados financeiros, com a entrega de propostas não vinculantes programada para o primeiro trimestre do próximo ano.
Detalhes sobre a venda e os interessados
Os interessados devem assinar termos de confidencialidade, conhecidos como NDA (non disclosure agreement), em dezembro. Os atuais proprietários são a Mubadala Capital, vinculada ao fundo soberano de Abu Dhabi, e a Trafigura, uma multinacional de commodities. A venda envolve o Porto Sudeste, localizado no Rio de Janeiro, e a mina Morro do Ipê, em Minas Gerais, podendo ocorrer de forma conjunta ou separada.
Expectativas para a transação
Fontes indicam que esta pode ser uma das maiores vendas esperadas para 2026. Os bancos UBS e Goldman Sachs foram contratados para gerenciar o processo, que está em andamento desde 2024. Entre os potenciais compradores estão investidores chineses, fundos internacionais de infraestrutura, como o australiano Macquarie, e a mineradora Vale, além de investidores de Dubai.
Histórico e capacidade do Porto Sudeste
A origem do Porto Sudeste e da mina remonta à antiga MMX, mineradora criada por Eike Batista. A Mubadala entrou no Brasil ao adquirir uma participação na holding de Eike, herdando ativos como o Porto Sudeste e o Morro do Ipê após a falência do empresário em 2014. Esses ativos já ultrapassaram o prazo de desinvestimento do fundo, levando à decisão de venda.
O Porto Sudeste possui capacidade para escoar até 50 milhões de toneladas de minério de ferro anualmente. Devido à sua integração com a mineradora em Minas Gerais, o processo de diligência para potenciais compradores será extenso e complexo, envolvendo diversas questões regulatórias. A conclusão do negócio é esperada para o final de 2026.
Fonte por: Estadao
Autor(a):
Redação
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
