Exame inovador diminui biópsias e aumenta a precisão no diagnóstico do câncer de próstata

Avanço em exames de imagem possibilita diagnóstico mais preciso do câncer de próstata, proporcionando alívio e menos intervenções para homens.

16/10/2025 13:00

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resssonancia
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Avanços no Diagnóstico do Câncer de Próstata

O diagnóstico do câncer de próstata tradicionalmente se baseava em dois métodos principais: o toque retal e o exame de PSA. Embora esses exames sejam fundamentais, eles não são suficientes para fornecer um diagnóstico completo. O PSA pode apresentar alterações por diversas razões que não estão relacionadas ao câncer, e o toque retal, apesar de ser essencial, não consegue avaliar todas as áreas da glândula prostática. Nesse contexto, a ressonância multiparamétrica da próstata surgiu como uma ferramenta inovadora, revolucionando a investigação dessa doença.

Impacto da Ressonância Multiparamétrica na Diagnóstico

A ressonância multiparamétrica se destaca por sua capacidade de visualizar a próstata com detalhes impressionantes. Utilizando campos magnéticos em vez de radiação, este exame fornece imagens de alta resolução e permite a avaliação do tecido prostático sob diferentes aspectos, como densidade, circulação sanguínea e comportamento celular. Isso possibilita que os médicos identifiquem com maior precisão a presença de tumores e sua localização exata.

Redução de Biopsias Desnecessárias

Com a precisão oferecida pela ressonância, aumenta-se a probabilidade de detectar cânceres significativos, ao mesmo tempo em que se evita a realização de biópsias desnecessárias. Anteriormente, muitos homens com PSA alterado eram encaminhados diretamente para biópsias, mesmo sem sinais claros de tumor. Agora, a ressonância multiparamétrica permite identificar quais pacientes realmente necessitam do procedimento e direcionar a biópsia para a área suspeita, tornando o diagnóstico mais eficiente e seguro.

Benefícios para a Qualidade de Vida dos Pacientes

Além disso, o exame ajuda a diferenciar entre tumores de crescimento lento, que podem não causar sintomas, e aqueles mais agressivos, que requerem tratamento imediato. Essa distinção é crucial para evitar o chamado “overtreatment”, que se refere ao tratamento excessivo de alterações que poderiam ser apenas monitoradas. Assim, muitos pacientes têm a opção de um acompanhamento ativo, evitando cirurgias ou radioterapia desnecessárias.

O exame é indolor, não invasivo e geralmente realizado com contraste, o que melhora a avaliação da circulação sanguínea na próstata. Embora ainda não esteja disponível em todos os serviços públicos, já faz parte da rotina em muitos centros especializados e está sendo cada vez mais incorporado ao cuidado do câncer de próstata.

Conclusão: Mais Segurança e Clareza no Diagnóstico

A ressonância multiparamétrica não substitui o PSA ou o toque retal, mas complementa e aprimora essas etapas, tornando o diagnóstico mais preciso e seguro. Para os pacientes, isso significa menos incertezas, menos procedimentos invasivos e maior clareza na tomada de decisões sobre sua saúde.

Em um cenário onde o câncer ainda gera medo, oferecer um caminho mais claro e menos traumático pode transformar a experiência do diagnóstico. A próstata, que por muito tempo esteve fora do foco, agora recebe uma atenção mais detalhada e humana.

Fonte por: Jovem Pan

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