Filho de Barroso abandona Miami sem comprovação de elegibilidade

Bernardo van Brussel Barroso, filho de Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), cancelou sua volta aos Estados Unidos devido à suspensão de vistos para ministros e familiares do Tribunal pelo governo norte-americano.

Bernardo é diretor associado do BTG Pactual e reside em Miami. Estava em férias na Europa em 18 de julho, quando o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes e de seus “aliados” no STF.

A administração norte-americana não divulgou quais ministros tiveram seus vistos suspensos e nenhum membro da Corte recebeu notificação oficial sobre a decisão.

A Power360 declarou que o filho de Barroso não retornou aos EUA devido à possível revogação do seu visto e à incerteza sobre a autorização para entrar no país.

O presidente do STF aconselhou Bernardo a não retornar aos Estados Unidos, o que o executivo aceitou. Ele deve retornar ao Brasil.

A suspensão de vistos.

A decisão do governo Trump de cancelar vistos do ministro do STF foi uma retaliação contra o que ele considerou uma “caça às bruxas” política de Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao obter a decisão, o secretário criticou o processo contra o ex-presidente, que está sendo acusado de golpe de Estado em uma ação que tramita no STF sob relatoria de Moraes.

A caçada do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a Jair Bolsonaro estabeleceu um complexo de perseguição e censura tão amplo que não apenas infringe direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos.

Dois semanas após a suspensão dos vistos, os EUA incluíram Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky, aplicada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.

Segundo o Poder360, ministros do Supremo Tribunal Federal temem o mesmo destino de Moraes. Os Estados Unidos ameaçaram na quarta-feira (6.ago.2025) membros da Corte que apoiassem o ministro.

O subsecretário de Diplomacia dos EUA, Darren Beattie, em publicação recente no X, recomendou que os “aliados” do magistrado no Supremo “não auxiliem ou incentivem” seu “comportamento”.

Fonte por: Poder 360