Banco Central reafirma compromisso com a política monetária
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reiterou em um encontro com banqueiros, a importância da atuação técnica da instituição, enfatizando que não deve se deixar levar pelas pressões populares em relação aos juros altos. Durante o almoço anual da Febraban, Galípolo destacou que o foco do BC deve ser o cumprimento rigoroso da meta de inflação, sem se preocupar com questões midiáticas.
Ele ressaltou que a autarquia deve seguir critérios técnicos e manter a transparência com a população. Em relação à política monetária, o presidente do BC afirmou que as decisões continuarão a ser baseadas em dados e no compromisso com a meta de inflação.
Desafios e Pressões na Política Monetária
Galípolo mencionou os desafios enfrentados ao longo do ano, incluindo questionamentos sobre a eficácia da política monetária e a estabilidade financeira. Ele agradeceu ao diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, pelo trabalho realizado e afirmou que a instituição sempre reagirá e tomará decisões diante dos desafios.
O presidente do BC também comentou sobre a pressão que pode surgir em decorrência das críticas do governo em relação à taxa de juros. Ele afirmou que é natural haver argumentos de ambos os lados sobre a condução da política monetária e que o debate deve ser sempre legítimo e democrático.
Expectativas para a Taxa Selic
Na visão de Galípolo, ao final de um ciclo de alta nos juros, surgem expectativas sobre quando a taxa Selic começará a cair. Ele observou que, independentemente das decisões tomadas, sempre haverá críticas, seja por pressão ou por serem consideradas tardias.
O Papel do Banco Central
Galípolo utilizou a metáfora do BC como “último zagueiro”, enfatizando que a instituição deve proteger a economia. Ele destacou que, ao desempenhar bem seu papel, o BC inevitavelmente será criticado por ambos os lados, independentemente do momento em que as decisões são tomadas.
Redução dos Riscos e Desafios Futuros
O presidente do BC também observou uma diminuição dos riscos de cauda, após enfrentar desafios para manter a inflação dentro da meta de 3%. Ele afirmou que, ao final do ano, esses riscos se tornaram menos preocupantes, destacando a resiliência da economia.
Galípolo concluiu que, apesar dos desafios, o Banco Central chegou ao fim do ano com uma maior convicção de que a política monetária é eficaz e que a instituição continuará a agir sempre que houver riscos à segurança e à estabilidade financeira.
Fonte por: Jovem Pan
