Galípolo apresenta nova política como primeiro passo na transição do modelo imobiliário
Presidente do BC marca presença em São Paulo para lançamento da nova política imobiliária do governo

Nova Política Habitacional do Governo Federal
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, anunciou em evento na capital paulista que a nova política habitacional do governo federal representa o “primeiro passo” na transição do modelo de financiamento imobiliário do Brasil. Ele destacou que, embora ainda se utilizem recursos da poupança, a iniciativa busca abordar diversas questões estruturais do setor.
Galípolo explicou que a nova abordagem permitirá a combinação e maximização de recursos da poupança com instrumentos de mercado voltados para o financiamento imobiliário, promovendo maior estabilidade no mercado e contribuindo para a política monetária.
Objetivos da Nova Medida
Segundo o presidente do BC, a medida é uma resposta ao esvaziamento da poupança, que é uma das principais fontes de financiamento de moradias no país. Ele observou que, com o aumento do acesso à educação financeira, a atratividade dos produtos de poupança tende a diminuir.
A nova política será especialmente direcionada à classe média, visando financiar moradias para famílias com rendimentos entre R$ 12 mil e R$ 20 mil. A expectativa é que a medida libere recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que atualmente acumula cerca de R$ 750 bilhões.
Impactos e Expectativas
Atualmente, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança devem ser direcionados ao crédito imobiliário, enquanto 15% estão disponíveis para operações mais rentáveis e 20% ficam com o Banco Central como compulsório. A nova política permitirá que os bancos utilizem esses recursos de forma mais flexível, desde que mantenham um montante equivalente em crédito imobiliário.
Inicialmente, 5% do compulsório serão liberados, com a possibilidade de que os 20% estejam disponíveis a partir de 2027, caso não ocorram imprevistos. O setor imobiliário expressou preocupações sobre os impactos de uma mudança abrupta e solicitou uma regra de transição.
Conclusão
Com a implementação da nova política habitacional, a expectativa é que a injeção de recursos no setor imobiliário possa alcançar até R$ 150 bilhões, contribuindo para a revitalização do mercado e facilitando o acesso à moradia para a classe média brasileira.
Fonte por: CNN Brasil