Girão critica atuação de Moraes na segurança do Rio como político

Senador critica redistribuição da ADPF das favelas e afirma que CPI do Crime Organizado é controlada por governistas.

09/11/2025 19:15

2 min de leitura

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), candidato à presidência do...

Senador Eduardo Girão Critica Redistribuição da ADPF das Favelas

No dia 4 de novembro de 2025, durante uma sessão no Senado, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) expressou sua insatisfação com a redistribuição da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Girão argumentou que essa decisão viola o regimento interno do STF e compromete o princípio do juiz natural.

O senador destacou que a ADPF 635 foi originada a partir de uma ação do PSB em 2019, que questionava a condução das operações policiais nas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Inicialmente, a relatoria estava sob responsabilidade do ministro Roberto Barroso, que recentemente se aposentou do STF.

Críticas à Atuação de Alexandre de Moraes

Girão defendeu que a redistribuição da ADPF deveria ser feita ao ministro mais antigo, Gilmar Mendes, em conformidade com o regimento do STF e o princípio do juiz natural, que visa garantir a imparcialidade do julgamento. No entanto, o presidente do STF, Edson Fachin, optou por designar temporariamente a relatoria a Alexandre de Moraes.

O senador criticou a postura de Moraes, afirmando que ele agiu como um político ao visitar o Rio de Janeiro, quando, segundo Girão, a função de um ministro do STF é apenas julgar, não investigar ou fiscalizar, papéis que pertencem às polícias e ao Ministério Público.

Questionamentos sobre a CPI do Crime Organizado

Além de suas críticas à ADPF, Girão também levantou questões sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado. Ele expressou preocupação com a forma como a CPI foi dominada pela base governista, ressaltando que o PT assumiu a presidência do colegiado, mesmo sem ter assinado o requerimento de criação.

O senador esperava que houvesse um equilíbrio na composição da CPI, sugerindo que a presidência fosse atribuída à oposição e a relatoria ao governo, para garantir uma atuação técnica e imparcial do colegiado.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.