Gleisi argumenta a favor do Programa Mais Médicos e critica a atitude dos EUA

O Departamento de Estado dos Estados Unidos cancelou os vistos de indivíduos associados ao programa estabelecido em 2013.

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Deputada Gleisi Hoffmann - Reunião da corrente majoritária do Partido dos Trabalhadores (PT) apoiam o candidato à presidência do partido, Edinho Silva fez que fez movimentos recentes para pacificar as desavenças internas na corrente majoritária da sigla e unificar o grupo em torno de seu nome na disputa partidária. Na “Carta aos petistas”, o ex-prefeito de Araraquara (SP) mudou de tom e defendeu que o PT participe de “alianças políticas amplas”, mas com a manutenção da “identidade e do protagonismo” do partido. | Sérgio Lima/Poder360 - 19.mai.2025

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), defendeu o programa Mais Médicos, que é alvo das mais recentes medidas dos Estados Unidos e de autoridades brasileiras, em publicação feita em seu perfil no X.

Na quarta-feira (13.ago.2025), o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) cancelou vistos de ex-funcionários do governo brasileiro, ex-colaboradores da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e seus familiares. A decisão se justificou pelo envolvimento dessas pessoas na implementação do Mais Médicos, lançado em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (2011-2016).

A justificativa apresentada pelo Departamento de Estado norte-americano para a revogação dos vistos foi que esses funcionários “foram responsáveis ou envolvidos na cumplicidade do esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado”. Segue a íntegra do comunicado (PDF – 247 kB).

No X, Hoffmann afirmou que “milhões de famílias brasileiras do interior e das periferias foram atendidas por profissionais cubanos” no Mais Médicos.

Podemos apenas reconhecer com gratidão o trabalho dos profissionais cubanos e denunciar a última provocação do Departamento de Estado dos EUA. Retribuir com mesquinharia às autoridades brasileiras que participaram daquele programa, só pode ter surgido de quem não compreende a necessidade de assistência médica e a falta de alternativas.

No final da publicação, a ministra mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): “Bolsonaro e sua família adicionam mais este crime aos muitos que cometeram contra o país”, declarou.

Revogação das decisões.

O Departamento de Estado dos EUA considerou o Mais Médicos como um “esquema” que visa beneficiar o “corrupto regime cubano” em detrimento dos cuidados médicos essenciais da população cubana.

Os Estados Unidos citam Julio Tabosa Sales, atual Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, ex-diretor de Relações Externas da Opas e atual coordenador-geral da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) para a COP30.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou em seu perfil no X que a Operação Mais Médicos representou um golpe diplomático inaceitável de “missões médicas” estrangeiras. Ele também afirmou que indivíduos sancionados foram “complicados no esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.

O texto não cita o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT). Foi em seu primeiro mandato no órgão (2011-2014) que o Mais Médicos foi criado.

O programa visava atender à falta de médicos nos municípios do interior e nas áreas periféricas das grandes cidades. Entre 2013 e 2017, contabilizaram-se 18.240 médicos inscritos, dos quais 8.332 eram cubanos.

Fonte por: Poder 360

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