Gleisi manifesta respeito por Alcolumbre após críticas do presidente do Senado

Ministra nega insinuações de que governo busca fisiologismo na disputa pelo STF. Confira no Poder360.

30/11/2025 20:30

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Gleisi Hoffmann

Gleisi Hoffmann defende relação institucional com Davi Alcolumbre

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou neste domingo (30.nov.2025) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém “o mais alto respeito e reconhecimento” pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Gleisi enfatizou que a relação institucional não deve ser rebaixada a “fisiologismos ou negociações de cargos e emendas”.

Resposta à nota de Davi Alcolumbre

A declaração de Gleisi foi uma resposta a uma nota divulgada por Alcolumbre, onde ele mencionou uma “tentativa de setores do Executivo” de dar contornos fisiológicos às divergências entre os Poderes. O presidente do Senado afirmou que isso cria uma “falsa impressão” de que conflitos institucionais podem ser resolvidos com cargos e emendas.

Reação de Alcolumbre

Alcolumbre considerou as insinuações ofensivas não apenas ao presidente do Congresso, mas a todo o Poder Legislativo, ressaltando que nenhum Poder deve se julgar acima do outro. Ele afirmou que “ninguém detém o monopólio da razão”.

Defesa de Gleisi

Gleisi respondeu que o governo repudia tais insinuações, considerando-as ofensivas à verdade e às instituições. A ministra também citou exemplos de indicações do Executivo que passaram pelo Senado, destacando a transparência e lealdade nos processos.

Desentendimentos e a sabatina de Jorge Messias

O desentendimento entre Gleisi e Alcolumbre ocorre em um momento crítico, próximo à sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula para a vaga deixada pelo ministro Luiz Roberto Barroso no STF. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) agendou a análise para 10 de dezembro, enquanto o governo tenta adiar essa etapa.

Votação na CCJ

Atualmente, Messias conta com 11 votos assegurados na CCJ, mas precisa de pelo menos 14 para ser aprovado. Entre os senadores que não declararam posição, alguns costumam votar com o governo, o que pode aumentar suas chances. Contudo, a votação será secreta, o que torna a situação mais complexa.

Desafios no plenário

Se Messias avançar na CCJ, enfrentará um desafio maior no plenário, onde precisará de 41 dos 81 votos. A base governista conta com cerca de 30 votos, faltando ainda 11 apoios para garantir sua aprovação.

Fonte por: Poder 360

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