Liberdade Condicional na Venezuela Gera Controvérsia
O opositor Edmundo González Urrutia criticou a concessão de liberdade condicional a 99 detentos pelo governo da Venezuela, em meio à crise política após a reeleição do presidente Nicolás Maduro. González, que se opôs a Maduro nas eleições de julho de 2024, afirma ter vencido com uma ampla margem. O Ministério das Relações Penitenciárias da Venezuela anunciou que as liberdades foram concedidas “como expressão do compromisso do Estado com a paz, o diálogo e a justiça”.
Libertações Confirmadas por ONGs
Organizações não governamentais confirmaram a libertação de entre 45 e 63 pessoas, incluindo três adolescentes e uma médica de 65 anos, que havia sido condenada a 30 anos de prisão por “traição à pátria” após criticar o governo. Em sua conta no X, González Urrutia afirmou que “celebrar uma libertação não implica normalizar o inaceitável”. Ele destacou que, apesar da liberdade, os ex-detentos continuam enfrentando processos abertos e ameaças.
Críticas ao Processo de Libertação
O diplomata de 76 anos descreveu a libertação como “seletiva”, ressaltando que os prisioneiros ainda vivem sob pressão e medo. Ele afirmou que muitos são “reféns”, detidos arbitrariamente e usados como instrumentos de controle social, sendo liberados apenas quando convém ao governo.
Denúncias de Abusos
González Urrutia também criticou o tratamento de sua família, mencionando o caso de seu genro, Rafael Tudares, condenado a 30 anos por “terrorismo” e que enfrenta desaparecimento forçado. Ele concluiu afirmando que, na Venezuela, a liberdade é manipulada e a dignidade humana é tratada como moeda de troca.
Considerações Finais
A situação dos direitos humanos na Venezuela continua a ser uma preocupação, com a libertação de prisioneiros sendo vista como uma estratégia política. A crítica de González Urrutia ressalta a necessidade de um diálogo mais profundo sobre a verdadeira condição dos direitos civis no país.
Fonte por: Jovem Pan
