Governistas defendem nomeação de Derrite e o consideram ‘equilibrado’

Deputados do MDB e PSD apoiam a escolha de Hugo Motta e acreditam na possibilidade de um acordo.

07/11/2025 22:00

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Guilherme Derrite

Deputado Guilherme Derrite é escolhido relator do projeto antifacção

Líderes de partidos de centro, aliados do presidente Lula, como MDB e PSD, apoiam a escolha do deputado federal Guilherme Derrite para relatar o projeto antifacção do governo. Eles consideram o nome equilibrado e representativo de uma direita não bolsonarista.

Por outro lado, o Palácio do Planalto manifestou descontentamento com a nomeação. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a escolha “contamina o debate com objetivos eleitoreiros”.

Expectativas e Pressões no Congresso

A escolha de Derrite, que até então era secretário de Segurança Pública de São Paulo, foi feita com o apoio de governistas centristas. Há um compromisso de que o relator elabore um texto equilibrado, preferencialmente sem o termo “terrorismo”. No entanto, a oposição deve pressionar para que essa caracterização seja incluída.

Aliados de Lula acreditam que o governo precisa ser flexível e negociar o texto com o relator. Eles alertam que, se o Planalto insistir em sua versão, pode enfrentar uma nova derrota no Congresso, o que poderia impactar negativamente a popularidade do presidente.

Desafios Recentes do Governo

O governo já enfrentou um revés com a queda da medida provisória que previa cortes de despesas e arrecadação. Apesar de uma reorganização na base governista, o Planalto ainda não possui a maioria dos votos assegurada.

Nas redes sociais, Derrite declarou que acatará alguns pontos enviados pelo governo, mas pretende introduzir mudanças significativas, como a previsão de penas de 20 a 40 anos para integrantes de facções, em comparação com os 8 a 15 anos propostos inicialmente.

Alterações nas Regras de Penas

O relator também planeja modificar as regras de progressão de penas, estabelecendo que o preso deve cumprir pelo menos 70% da condenação antes de ter a pena reduzida, um aumento em relação ao atual índice de 40%.

Além disso, Derrite propõe que líderes de organizações criminosas cumpram pena em presídios de segurança máxima, sem possibilidade de anistia ou indulto.

Conclusão

A escolha de Guilherme Derrite como relator do projeto antifacção traz à tona uma série de desafios e expectativas no cenário político. A capacidade do governo de negociar e ceder em alguns pontos pode ser crucial para evitar novas derrotas no Congresso e preservar a popularidade do presidente Lula.

Fonte por: Jovem Pan

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