Governo irá abrir mão de R$ 903 bi em impostos até 2026, afirma Unafisco
Levantamento revela que “privilégios tributários” representam metade do valor total, segundo associação. Confira no Poder360.
Renúncias Fiscais da União em 2026
A União deve deixar de arrecadar R$ 903,3 bilhões em impostos em 2026, conforme levantamento da Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil). Esse valor representa um aumento de 8% em relação a 2025, quando as renúncias fiscais foram estimadas em R$ 834 bilhões. O cálculo não inclui os R$ 20 bilhões referentes ao projeto que reduziu os benefícios fiscais para empresas.
Detalhamento das Renúncias Fiscais
Do total previsto, R$ 612,8 bilhões estão registrados no DGT (Demonstrativo de Gastos Tributários) de 2026, publicado pela Receita Federal. Além disso, foram considerados outros R$ 290,5 milhões que correspondem à não cobrança do imposto sobre grandes fortunas e à isenção sobre a distribuição de lucros e dividendos. A Unafisco aponta que existem omissões no documento oficial.
Privilégios Tributários
O levantamento classifica as renúncias fiscais como “privilégios tributários”, que são considerados sem contrapartida econômica ou social comprovada. Esses privilégios devem totalizar R$ 618,4 bilhões em 2026, representando 68,5% do total. A maior parte desse montante será proveniente da isenção de lucros e dividendos de pessoas jurídicas, que soma R$ 146,1 bilhões.
Outros Benefícios Fiscais
Além dos privilégios, o levantamento inclui programas de refinanciamento de dívidas, como o Refis (Programa de Recuperação Fiscal), benefícios para a Zona Franca de Manaus e isenções em títulos de crédito dos setores imobiliário e agronegócio. Os dez maiores benefícios tributários previstos para 2026 devem totalizar R$ 479,6 bilhões em renúncias para o governo.
Gastos Tributários Não Considerados Privilégios
Entre os gastos tributários que não são considerados privilégios, destacam-se as desonerações do Simples Nacional, despesas médicas, aposentadorias por acidente e assistência médica, odontológica e farmacêutica a empregados. Esses gastos devem representar uma renúncia de R$ 284 bilhões à União.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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