Governo Lula descarta chave da cela de Bolsonaro com indulto natalino seguro contra golpistas

Decreto presidencial estabelece normas que proíbem perdão a condenados por crimes contra a democracia

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(Imagem de reprodução da internet).

Indulto Natalino do Governo Lula Não Abrirá Brechas para Condenados por Crimes Contra a Democracia

O governo Lula está preparando um decreto de indulto natalino que não permitirá a concessão do benefício a condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito, incluindo aqueles envolvidos na tentativa de golpe de Estado. A proposta visa garantir que não haja perdão para os responsáveis por tais atos.

Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária Aprova Texto do Indulto

Na semana passada, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), vinculado ao Ministério da Justiça, aprovou o texto do indulto natalino deste ano. O documento ainda precisa da aprovação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de se tornar um decreto oficial.

Requisitos para Concessão do Indulto

O indulto, que é um perdão da pena previsto na Constituição Federal, geralmente é publicado em 23 de dezembro. O texto do CNPCP estabelece que não poderão ser beneficiados aqueles condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, além de outros crimes que ameaçam a democracia. Também estão excluídos do indulto indivíduos que tenham feito acordos de colaboração premiada.

Critérios de Exclusão e Prioridade do Indulto

O texto do indulto também proíbe a concessão do benefício a líderes de facções criminosas, presos em segurança máxima, condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como corrupção. Em contrapartida, o governo Lula deve priorizar o indulto para pessoas idosas, gestantes, mães de crianças e adolescentes, além de indivíduos com deficiência ou doenças graves.

Perspectivas Futuras para o Indulto e Anistia

Embora o indulto seja uma prerrogativa do presidente, existem outros mecanismos legais de perdão, como o perdão judicial e a anistia, que requer aprovação do Legislativo. O ministro Alexandre de Moraes já afirmou que crimes contra a democracia não são passíveis de perdão. A anistia, apesar de teoricamente possível, enfrenta um cenário político desfavorável, especialmente com a diminuição da influência de Jair Bolsonaro após sua prisão.

Fonte por: Estadao

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