Governo Lula temia que traficantes obtivessem blindados no Rio

Estado não provou ter capacidade para gerir equipamento de guerra, e Defesa hesitou em aprovar empréstimo. Confira no Poder360.

29/10/2025 6:45

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Na imagem, os veículos blindados da Marinha que foram usados no ...

Governo Lula nega empréstimo de veículos blindados ao Rio de Janeiro

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não conceder o empréstimo de veículos blindados militares ao Rio de Janeiro, temendo que facções criminosas pudessem se apropriar do equipamento. O pedido foi feito pelo governador Cláudio Castro (PL) em janeiro, após um incidente em que uma médica foi atingida por uma bala perdida nas proximidades do Hospital Naval Marcílio Dias.

Motivos da recusa do empréstimo

O Ministério da Defesa informou que, no momento do pedido, a Marinha já havia posicionado veículos blindados na área do hospital, respeitando a distância legal de 1.400 metros em relação às instalações militares. Essa medida visava garantir a segurança da região e dos militares envolvidos.

A Advocacia Geral da União (AGU) analisou o pedido e negou o empréstimo, argumentando que a utilização de veículos blindados só poderia ocorrer mediante a declaração de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que requer um decreto assinado pelo presidente. O parecer da AGU destacou que a atuação das Forças Armadas em segurança pública não é trivial e deve ser restrita a situações específicas, como em áreas de fronteira ou em resposta a delitos transfronteiriços.

Discussões internas sobre a GLO

Apesar da negativa formal, a questão foi debatida internamente no governo. Foram levantadas preocupações sobre os altos custos e a necessidade de ajustes no orçamento para a implementação de uma GLO. Além disso, havia receios de que os veículos militares pudessem ser alvo de roubos por facções criminosas, sendo utilizados em atividades ilícitas nas favelas.

Posição de Lula sobre a GLO

Lula é reticente em relação à decretação de GLO, que permite a mobilização das Forças Armadas para intervenções em segurança pública. Embora tenha autorizado operações desse tipo em ocasiões anteriores, como nos portos do Rio e durante a Cúpula do G20 em 2024, ele mantém uma postura cautelosa em relação a novas autorizações.

Considerações finais sobre a segurança no Rio de Janeiro

Na última terça-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ressaltou que a implementação de uma GLO requer uma série de condições e requisitos rigorosos. Ele enfatizou que uma das pré-condições é o reconhecimento pelos governadores da falência dos órgãos de segurança, transferindo assim as operações para o governo federal e, especificamente, para as Forças Armadas.

Fonte por: Poder 360

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