Haddad adota visão prejudicial do lulismo sobre governar e benesses eleitorais

Ministro da Fazenda sabia que seu papel seria o de tesoureiro da farra fiscal planejada por Lula

21/11/2025 19:10

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(Imagem de reprodução da internet).

Expectativas de Haddad sobre sua Gestão Fiscal

Fernando Haddad, em entrevista ao Estadão, expressou sua expectativa de que suas ações à frente do Ministério da Fazenda sejam reconhecidas. Ele afirmou: “Entreguei tudo aquilo que ele (o presidente) encomendou”. Contudo, a pergunta que fica é: o que realmente foi solicitado a ele?

O Papel de Haddad na Gestão Fiscal

A nomeação de Haddad como ministro foi anunciada 40 dias após o segundo turno das eleições presidenciais, em 9 de dezembro de 2022. Nesse período, o presidente eleito já havia estabelecido um pacto com o Congresso que favorecia uma gestão fiscal irresponsável. Haddad sabia que sua função seria a de gerenciar as finanças de um governo que priorizava gastos excessivos.

Para contornar o teto de gastos, Haddad implementou mudanças significativas no arcabouço fiscal, que foram vistas como uma tentativa de disfarçar a situação financeira do país. O resultado foi um déficit primário de 2,3% do PIB em 2023, levando o governo a moderar seus excessos, mas ainda assim enfrentando déficits.

Consequências da Gestão Fiscal

Com a falta de controle sobre o endividamento, a dívida bruta do Brasil deve aumentar de 72% do PIB em 2022 para 84% em 2026. Essa situação levanta preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país e a capacidade do governo de equilibrar suas contas.

Projeções Futuras e Desafios

Durante a entrevista, Haddad foi questionado sobre projeções que indicam que a dívida poderia chegar a 100% do PIB. Ele minimizou essas preocupações, afirmando que existem diversas interpretações sobre a situação fiscal. Seu secretário do Tesouro, em outra ocasião, adotou uma visão otimista, mas sem esclarecer quando e em que nível a dívida poderia se estabilizar.

Perspectivas para o Futuro Fiscal

Sem uma mudança de governo, as chances de uma reforma significativa no regime fiscal a partir de 2027 são escassas. As projeções que vislumbram uma estabilização da dívida na próxima década dependem de um cenário político favorável, o que é incerto.

Além disso, a visão de Lula sobre governança, focada na distribuição de benefícios, pode dificultar a adoção de medidas necessárias para a recuperação fiscal. Haddad, por sua vez, se orgulha de ter implementado políticas que incluem a superindexação de benefícios e a isenção de impostos, mas isso levanta questões sobre a viabilidade dessas ações a longo prazo.

Fonte por: Estadao

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