Haddad afirma que aporte nos Correios está dentro do marco fiscal
Haddad, Ministro da Fazenda, afirma que há margem para solução, mas resultado dependerá dos bancos credores da estatal.
Ministro da Fazenda Fala Sobre Aporte nos Correios
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quarta-feira (10 de dezembro de 2025) que qualquer aporte financeiro nos Correios respeitará o marco fiscal. Ele destacou que a solução deve ser buscada por meio de um plano de reestruturação da estatal, cuja aceitação dependerá dos bancos credores.
Haddad mencionou que não há planos fora do arcabouço fiscal e que, se necessário, um aporte poderia ser feito, pois há margem no orçamento deste ano.
Possibilidade de Injeção de Recursos Públicos
O ministro esclareceu que, embora um aporte não esteja previsto no momento, a injeção de recursos públicos pode ocorrer caso não haja um acordo com os bancos para a reestruturação da empresa. Ele ressaltou que as negociações estão avançando e que é essencial ter uma taxa de juros que permita a recuperação da companhia.
Haddad também comentou que a companhia está elaborando um plano de trabalho para o pagamento do empréstimo, que começará a ser quitado a partir do segundo ano após a reestruturação.
Orçamento de 2026 e Benefícios Tributários
O ministro destacou que a aprovação do Projeto de Lei Complementar 182 de 2025, que propõe cortes de benefícios tributários, é crucial para a finalização do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2026. Essa medida pode liberar R$ 20 bilhões no orçamento do próximo ano.
Haddad mencionou que a Emenda Constitucional 109, de 2021, ainda não foi aplicada na prática e que o gasto tributário no Brasil é elevado, beirando R$ 800 bilhões. Ele acredita que o corte de R$ 20 bilhões é um passo inicial importante para equilibrar as contas públicas.
Aprovação da Lei dos Devedores Contumazes
O ministro comemorou a aprovação do projeto que pune devedores contumazes, que são empresas e indivíduos que fraudam a Receita Federal de maneira sistemática. O PLP 125 de 2022 foi aprovado pela Câmara dos Deputados com um placar de 436 votos a favor e 2 contra.
Haddad destacou que esses devedores atuam em setores com alta carga tributária, como combustíveis e bebidas, e que a nova legislação permitirá ao governo regularizar esses setores de forma eficaz. Ele enfatizou que a lei estabelece critérios claros para identificar ações de má-fé.
O ministro também mencionou que a sonegação de tributos representa uma perda significativa para o país, estimando que as dívidas dos devedores com o ICMS são de “dezenas de bilhões de reais”. Ele afirmou que a Receita Federal já possui informações sobre os devedores contumazes e que agora terá ferramentas para agir contra eles.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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