Ministro da Fazenda defende reserva de vagas em universidades como reforma agrária
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a reserva de 50% das vagas nas universidades públicas representa uma “reforma agrária” no setor educacional. As afirmações foram feitas durante um evento em São Bernardo do Campo (SP), onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com alunos da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP).
Haddad destacou a importância do programa de expansão das universidades públicas nos primeiros mandatos de Lula e elogiou as políticas de cotas sociais e raciais. Ele mencionou que, mesmo dobrando o número de vagas, ainda haveria muitos estudantes sem acesso, o que motivou a criação de medidas que garantissem a inclusão.
O ministro ressaltou que a reserva de 50% das vagas para alunos de escolas públicas é um passo significativo, comparando-o a uma reforma agrária no ensino superior. Ele argumentou que essa ação promove justiça social, permitindo que mais estudantes tenham acesso à educação superior.
Políticas sociais e avanços na educação
Durante sua fala, Haddad lembrou que o conhecimento da história é fundamental para evitar erros no futuro. Ele reconheceu que o Brasil ainda tem muito a avançar, mas enfatizou a importância de valorizar as conquistas já alcançadas, como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e outras iniciativas voltadas para as universidades públicas.
O evento também contou com a presença dos ministros Camilo Santana (Educação), Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), que apoiam as iniciativas de inclusão e expansão educacional.
Investimento em cursinhos populares
A CPOP, criada pelo Ministério da Educação, visa oferecer apoio financeiro a cursos pré-vestibulares populares e comunitários, com foco no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Durante o evento, foi anunciado um investimento de R$ 108 milhões do governo para apoiar até 500 cursinhos até 2026, reforçando o compromisso com a educação acessível.
Fonte por: Jovem Pan