Hamas Devolve Corpos de Reféns Israelenses
Na quarta-feira, 15 de outubro de 2025, o Hamas entregou mais quatro corpos de reféns israelenses, conforme informado por autoridades de Israel. Com essa devolução, o total de corpos repatriados nos últimos dois dias chega a oito. No entanto, Israel declarou que um dos corpos não corresponde a nenhum dos reféns oficialmente identificados.
Essas devoluções fazem parte dos acordos estabelecidos para manter a trégua em Gaza, mas têm gerado tensões entre as partes envolvidas. O governo israelense alega que o Hamas está enviando restos mortais sem identificação clara e, em alguns casos, de pessoas que não constam nas listas de reféns.
Corpos de Reféns e Ajuda Humanitária
As autoridades israelenses estimam que ainda existem 21 corpos de reféns em Gaza, muitos localizados em áreas de difícil acesso devido à destruição causada pelos bombardeios. A devolução dos corpos é considerada um dos aspectos mais delicados nas negociações para a manutenção do cessar-fogo temporário.
Enquanto as discussões sobre a troca de corpos e prisioneiros prosseguem, caminhões de ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza, transportando combustível, alimentos, gás de cozinha e suprimentos médicos, após inspeções de segurança realizadas por Israel na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. A reabertura parcial deste ponto de entrada foi vista como um “sinal de progresso limitado” diante do impasse político.
Os termos do acordo de trégua incluem fases adicionais que envolvem o desarmamento do Hamas, a transferência de poder na região, a formação de uma força internacional de segurança e um plano para a criação de um Estado palestino, pontos que ainda são rejeitados pelo grupo. O acordo também prevê a devolução de 360 corpos de militantes palestinos mortos, dos quais 45 já foram entregues para identificação.
Assinatura do Acordo de Cessar-Fogo
No dia 13 de outubro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros líderes mundiais assinaram um acordo de cessar-fogo para Gaza durante uma cúpula em Sharm el-Sheikh, no Egito. Além de Trump, o presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi, o emir do Qatar Tamim bin Hamad Al Thani e o presidente da Turquia Tayyip Erdogán também assinaram o tratado, cujo conteúdo não foi divulgado pela Casa Branca.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não compareceu à assinatura do acordo, alegando compromissos devido ao feriado de Simchat Tora. Sua ausência, no entanto, foi interpretada como uma das condições impostas por países muçulmanos e pela Turquia.
Próximos Passos no Processo de Paz
Com a troca de reféns realizada, o plano de Trump propõe anistia aos combatentes do Hamas que aceitarem coexistir pacificamente com Israel. Aqueles que desejarem deixar a Palestina poderão fazê-lo em segurança. O presidente dos EUA afirmou que a desmilitarização permitirá a entrada de ajuda humanitária sob a supervisão da ONU e de outras organizações.
A Casa Branca também mencionou a criação de um governo de transição temporário, “tecnocrático e apolítico”, liderado por palestinos sob a supervisão de um “Conselho da Paz”, que incluirá Trump e o ex-ministro britânico Tony Blair, entre outros líderes. Além disso, um plano de desenvolvimento econômico será implementado para restaurar as linhas energéticas na Faixa de Gaza, com a criação de uma zona econômica especial com tarifas preferenciais.
Se todas as condições forem atendidas, os EUA afirmaram que o plano poderá abrir caminho para a “autodeterminação e a criação de um Estado palestino”.
Fonte por: Poder 360