Ibovespa atinge novo recorde e encerra novembro em alta; dólar cai

Ibovespa atinge nova máxima histórica e dólar recua

Na última sexta-feira (28), o Ibovespa fechou com uma nova máxima histórica, encerrando novembro com uma forte alta. O dólar, por sua vez, apresentou queda, impulsionado pelo aumento do apetite por risco no mercado internacional e pelo fluxo de investimentos estrangeiros na Bolsa brasileira. O dia também foi marcado pela interrupção global de contratos futuros devido a uma falha em data centers da CME, a maior operadora de bolsas do mundo.

Desempenho do Ibovespa e fatores que influenciaram

O índice da B3 subiu 0,45%, alcançando 159.072 pontos, o que representa o maior patamar já registrado. Em novembro, o índice acumulou um avanço de 6,37%, o melhor desempenho desde agosto de 2024, e uma alta de 32,25% no ano. Esse movimento foi impulsionado pela queda do desemprego, que atingiu 5,4%, o menor nível desde o início da série do IBGE, além da expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve e a distribuição de dividendos bilionários por grandes empresas, como Itaú e Vale.

Impacto das ações e eventos do mercado

A valorização das ações de bancos e da mineradora Vale foi crucial para o desempenho positivo do índice. Em contrapartida, as ações da Petrobras recuaram após a divulgação do Plano de Negócios 2026-2030, que prevê investimentos de US$ 109 bilhões e dividendos entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões. O volume de negociações foi reduzido devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, onde as operações foram limitadas até as 15h (horário de Brasília).

Interrupção nas negociações de futuros

As negociações de contratos futuros foram suspensas por mais de 11 horas devido a um problema no sistema de resfriamento de data centers da CyrusOne, que presta serviços à CME. Essa falha afetou contratos de moedas, petróleo, ouro e índices globais, como Nasdaq 100 e Nikkei. Apesar da gravidade do incidente, o impacto foi limitado pelo baixo volume de negociações típico do feriado americano.

Queda do dólar e perspectivas futuras

O dólar fechou em queda de 0,31%, cotado a R$ 5,3351. Essa movimentação reflete a expectativa de cortes de juros pelo Fed, o desempenho positivo de moedas emergentes e o fluxo de investimentos na Bolsa brasileira. Especialistas acreditam que o cenário externo favorável e o volume elevado de negociações futuras podem permitir que o dólar teste a faixa entre R$ 5,30 e R$ 5,25 em dezembro, embora fatores fiscais e tensões políticas no Brasil possam limitar uma valorização maior do real.

Taxa de desemprego e suas implicações

A taxa de desemprego de 5,4% surpreendeu analistas, marcando o menor nível desde 2012, com a população desocupada reduzida a 5,9 milhões de pessoas. Economistas, no entanto, alertam que o mercado de trabalho pode ter atingido seu “piso cíclico”, indicando uma tendência de estabilização ou leve alta nos próximos meses.

Fonte por: Jovem Pan