Investigação aponta para casos de exploração sexual de menores e atuação do MP
Influenciador digital brasileiro lança vídeo criticando outros criadores de conteúdo por alegações de exploração de menores. Acompanhe no Poder360.
O youtuber Felca publicou um vídeo sobre a exploração de crianças e adolescentes em conteúdos na internet. A publicação, realizada na quarta-feira (6.ago.2025), já obteve mais de 31 milhões de visualizações e menciona casos envolvendo influenciadores como Hytalo Santos e o canal “Bel para Meninas”. O material contou com o apoio de celebridades e políticos.
Casos citados
O caso em questão envolve o influenciador paraibano Hytalo Santos, que vive com ostentação acompanhado de adolescentes que ele denomina “filhos”. O youtuber também menciona o canal “Bel para Meninas” e a mãe da menor, Caroliny Dreher.
As acusações contra Hytalo Santos envolvem a prática de um tipo de “confinamento” de crianças e adultos, expondo-os a situações adultas. Kamylla Santos, que o acompanha desde os 12 anos, realiza apresentações sensuais para um público adulto e aparece em vídeos com conteúdo “adultizado”. Ela foi emancipada aos 16 anos e realizou a implantação de implantes de silicone aos 17 anos.
As contas de Hytalo Santos foram desativadas nas plataformas. O influenciador já estava sob investigação do MP (Ministério Público) da Paraíba desde 2024, em decorrência de suspeitas de exploração de menores.
Francisca Maria, mãe de Kamylla Santos, manifestou seu apoio a Hytalo Santos, afirmando que está “com ele até o fim” e que “as pessoas não sabem de nada”.
O Poder360 busca contato com a defesa de Hytalo Santos e a questão permanece em aberto.
O canal “Bel para Meninas”, gerenciado pela mãe da influenciadora Bel Peres, foi apontado por expor a menina a situações constrangedoras com o objetivo de gerar engajamento. Um dos vídeos analisados mostra a criança sendo compelida a “dar uma lambida” em uma bebida que não lhe agrada, seguida de reação de enjoo.
Vocês conhecem a Bel para Meninas? [O canal] era protagonizado pela mãe da Bel e a Bel, na ocasião, uma criança. A busca pelo engajamento extrapolava o normal e surgiu um movimento de pessoas querendo proteger a Bel e derrubar o canal. Esse foi um dos maiores casos que já rolaram na internet sobre esse assunto.
O caso gerou uma ação civil pública movida pela Promotoria da Infância e Juventude de Maricá, em colaboração com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Bel Peres, com 18 anos, utilizou seu perfil no TikTok para responder às críticas. Na ocasião, Bel defendeu seus pais contra acusações de “inadequação” e declarou ter tido uma infância feliz.
“Em 2025 você acha que a Bel para Meninas, aquela que carregava duas bolsas na mão e cuja soma total equivalia ao salário mínimo, estava sendo maltratada”, disse Bel.
Sobre a atuação do Conselho Tutelar, a influenciadora questionou: “Não, Bel, mas se não fosse verdade o Conselho Tutelar não ia na sua casa. Gente, tem criança vendendo bala na rua e o Conselho Tutelar não vai lá. Eles estavam muito ocupados protegendo uma menina super privilegiada, com a família maravilhosa, tudo em dia, notas boas.”
Bel ressaltou o apoio recebido de seus pais em sua trajetória digital: “Se não tivessem me apoiado na carreira da internet, hoje eu seria uma desempregada sem vocação. [… ] Começar lá no início foi a melhor coisa, e eu não trocaria por nada.”
No seu vídeo, ela relatou que iniciou sua carreira online aos dois anos e ainda mantém o mesmo desejo profissional aos dezoito anos. “A internet me proporcionou muitas coisas positivas. […]. Eu tive uma infância muito boa. É claro que não foi algo fácil devido às fake news, mas vocês precisam entender que eu teria outros tipos de traumas, todo mundo tem, a vida não é perfeita. E quem falhou comigo não foram os meus pais.”
Caroliny Dreher iniciou sua carreira digital aos 11 anos com vídeos de dança. Com o tempo, recebeu comentários de cunho sexual de homens adultos. Sob a administração da própria mãe, a menor começou a divulgar conteúdo sexualizado em diversas plataformas, incluindo sites adultos, quando tinha apenas 14 anos. Segundo Felca, o conteúdo teria chegado aos fóruns de pedofilia.
Conforme apurado pelo Extra, Caroliny está internada sob os cuidados de sua avó.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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