Irã Planeja Reconstruir Instalações Nucleares Após Bombardeios
O Irã anunciou neste domingo (2) que irá reconstruir suas instalações nucleares danificadas pelos bombardeios realizados pelos Estados Unidos e Israel durante a guerra de 12 dias em junho. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que a reconstrução será feita “com maior capacidade”, mas reiterou que o país não busca desenvolver armas nucleares. Ele destacou que “a ciência reside na mente de nossos cientistas” e que não haverá problemas com a destruição de edifícios e fábricas.
Compromisso com o Uso Pacífico da Energia Nuclear
Pezeshkian reafirmou que o Irã não tem intenção de fabricar armas atômicas, citando uma fatwa do líder supremo Ali Khamenei, que em 2003 declarou as armas nucleares como “haram” (proibidas). O presidente enfatizou que o programa nuclear do país tem objetivos civis, visando resolver problemas da população. Ele rejeitou as alegações de países ocidentais e de Israel sobre a busca do Irã por uma bomba atômica.
Negociações e Condições Impostas pelos EUA
No sábado (1º), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou que o país está aberto a negociações para dissipar as preocupações sobre seu programa nuclear, mas se recusou a dialogar diretamente com os Estados Unidos. Ele considerou inaceitáveis as condições impostas pelos EUA, que incluem a proibição do enriquecimento de urânio no Irã e a limitação do programa de mísseis do país.
Consequências do Conflito e Situação Atual
O conflito iniciado em 13 de junho resultou em uma ofensiva israelense que causou mais de mil mortes, com o Irã respondendo com ataques a alvos israelenses. Em 22 de junho, os EUA realizaram bombardeios em três instalações nucleares iranianas, onde, segundo Araghchi, estavam armazenados mais de 400 quilos de urânio enriquecido a 60%. Desde então, as negociações nucleares entre Irã e EUA, que começaram de forma indireta em abril, estão estagnadas.
Considerações Finais
A situação nuclear do Irã continua a ser um ponto de tensão internacional, com o país insistindo em seus direitos ao uso pacífico da energia nuclear, enquanto enfrenta pressões e acusações de potências ocidentais. O futuro das negociações e a estabilidade na região dependem de um diálogo construtivo e da superação das desconfianças mútuas.
Fonte por: Jovem Pan
