Isolar a extrema direita é passo para defender a soberania, declara José Dirceu

Ex-ministro declara que sanções de Trump contra o Brasil visam proteger Bolsonaro e beneficiar grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos; defend…

10/08/2025 9:14

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O ex-ministro José Dirceu na festa em comemoração aos 43 anso do PT - O Presidente Lula da Silva  discurso no 43º aniversário do PT, disse que partido voltou para governar sem ódio. Lula afirmou ainda que retorno da sigla ao poder tem que estar comprometido com melhoria nas condições de vida da população. Ele criticou o antecessor, Jair Bolsonaro, e se emocionou ao falar de fome.
 Sérgio Lima/Poder360 13.fev.2023
O ex-ministro José Dirceu na festa em comemoração aos 43 anso do...

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, declarou que “isolar a extrema direita” é um passo fundamental para a proteção da soberania nacional. Ele complementou que as sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), ao Brasil, contam com o apoio do grupo político, “única interessada e, na verdade, coautora” da medida.

Segundo Dirceu, “a única coisa que realmente interessa à extrema direita é livrar Jair Bolsonaro do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal e da prisão definitiva”.

As declarações foram feitas em artigo publicado na sexta-feira (10.ago.2025) na revista Teoria e Debate, do Diretório do PT de São Paulo.

Dirceu declarou que o republicano americano defende que a impunibilidade do ex-presidente brasileiro só se aplica para evitar que o próprio estabeleça um precedente que possa ser utilizado contra si ao deixar o cargo.

O ex-ministro também atribuiu as sanções a interesses econômicos ligados ao setor de tecnologia dos EUA. “O que realmente irrita Trump é a possibilidade de o Brasil tornar inútil os cartões de crédito e outros meios de pagamento digitais adotados por empresas norte-americanas, daí sua briga contra o Pix brasileiro, e a possibilidade de regular e taxar as plataformas digitais”, afirmou. Ele disse ainda que “as chamadas big techs apoiam fortemente o presidente norte-americano”.

Para Dirceu, o Brasil deve prosseguir com as negociações para evitar novas sanções da Seção 301, mas sem adotar uma postura defensiva. Ele defendeu que, além de buscar responsáveis pela situação, o país aproveite a crise e não se restrinja a reações protetivas, como frequentemente acontece.

O ex-ministro mencionou o manifesto “Unidade em Defesa do Brasil”, divulgado por partidos como PT, PC do B, PSB, PDT, Psol, Rede e PV. Ele afirmou que o texto demonstra que “defender a nossa pátria e sua soberania é condição de ser brasileiro” e que “a taxação imposta por Trump vincula-se ao seu apoio político à impunidade de Bolsonaro e dos demais traidores da pátria”.

Dirceu também comentou sobre a relevância do evento convocado pelo grupo suprapartidário Direitos Já! Fórum pela Democracia, com data marcada para 15 de setembro em São Paulo, como um momento para fortalecer a união política. Ele argumentou que o governo deve utilizar essa mobilização social para progredir em temas como “a reforma tributária e a revisão das renúncias fiscais”, além de investir em “segurança pública, infraestrutura e avanço tecnológico” para aumentar a competitividade do país.

Fonte por: Poder 360

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