Juiz determina suspensão de inquérito do Banco Master após decisão de Toffoli e remete processos ao STF

Magistrado da 10ª Vara determina que material seja avaliado pelo Supremo e pela Procuradoria-Geral da República

05/12/2025 4:20

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(Imagem de reprodução da internet).

Banco Master: De instituição financeira a alvo da PF e do BC

O Banco Master, anteriormente conhecido por oferecer CDBs com rendimento de até 140%, agora enfrenta sérias investigações. O foco da apuração é Daniel Vorcaro, que foi preso enquanto tentava deixar o Brasil, conforme informações da Polícia Federal (PF).

Desdobramentos da investigação

Após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que determinou que os próximos passos da investigação sobre Vorcaro e o Banco Master devem ser supervisionados pelo STF, a 10ª Vara Federal de Brasília suspendeu o inquérito da PF. Todos os processos relacionados ao caso, incluindo quebras de sigilo e bloqueios de bens, foram enviados ao STF.

O juiz Antônio Cláudio Macedo argumentou que a análise da competência do caso deve ser feita pelo STF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, a PF não poderá realizar novas diligências até que a investigação seja retomada.

Decisão do juiz e suas implicações

O juiz determinou que a PF não pratique mais atos investigatórios, incluindo a coleta de depoimentos e a análise de materiais apreendidos. Ele enfatizou que a apuração não deve ser apressada, para evitar possíveis anulações futuras.

A decisão de Toffoli para supervisionar a investigação surgiu após a PF apreender documentos na residência de Vorcaro que mencionavam um deputado federal. Embora o ministro não tenha paralisado a investigação, a 10ª Vara Federal decidiu transferir toda a competência do caso para o STF.

Operação Compliance Zero e suas revelações

A Polícia Federal iniciou a Operação Compliance Zero em 18 de novembro, com o objetivo de investigar crimes relacionados ao Banco Master e ao BRB. A investigação aponta que o Banco Master teria fraudado documentos de carteiras de crédito, que foram repassadas ao BRB, resultando em um aporte de R$ 12 bilhões sem a devida verificação.

Vorcaro foi preso no Aeroporto de Guarulhos ao tentar embarcar para o exterior e, após onze dias, teve sua prisão preventiva revogada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Durante sua detenção, sua defesa argumentou que o caso deveria ser remetido ao STF, o que levou à decisão de Toffoli.

Fonte por: Estadao

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