Justiça ordena que 80% dos trabalhadores da Petrobras permaneçam ativos na greve

Decisão do TST sobre a Greve da Petrobras

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vieira de Mello Filho, determinou que 80% dos trabalhadores da Petrobras permaneçam em atividade em cada unidade operacional da empresa. Essa decisão, tomada em 27 de dezembro de 2025, foi uma resposta à greve nacional iniciada em 15 de dezembro. O TST também impôs uma multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.

A greve, que já dura 12 dias, continua apenas na base do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. As outras 13 bases que estavam paralisadas aceitaram a proposta da Petrobras na sexta-feira, 27 de dezembro.

Reivindicações dos Petroleiros

Os petroleiros buscam uma solução definitiva para os déficits dos planos de previdência da Petros, conhecidos como PEDs, que resultam em descontos elevados nos salários de aposentados e pensionistas. A categoria exige que a Petrobras assuma maior responsabilidade na resolução desse problema e garanta segurança previdenciária a longo prazo.

Além disso, as demandas incluem melhorias salariais, valorização das carreiras, regras mais justas para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o fortalecimento da Petrobras como uma empresa pública estratégica.

Impasse nas Negociações

Os petroleiros do Norte Fluminense decidiram continuar a greve após rejeitarem a contraproposta da Petrobras em assembleia realizada em 26 de dezembro de 2025. O sindicato informou que a estatal apresentou “avanços pontuais”, como a disposição para discutir os descontos dos dias parados e a incorporação de trabalhadores da Transpetro à base da Petrobras em Cabiúnas, além de um adicional de dutos.

No entanto, a categoria considera que as propostas não atendem aos principais pontos da pauta aprovada em assembleias.

Tentativa de Conciliação

O TST agendou uma audiência de conciliação entre a Petrobras e as entidades representativas dos trabalhadores para o dia 2 de janeiro de 2026, às 14h, na sede do Tribunal. Caso não haja um acordo, o caso será julgado em uma sessão extraordinária da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), marcada para 6 de janeiro, às 13h30.

Fonte por: Poder 360