Laudo da tornozeleira de Bolsonaro aponta “danos significativos” e “uso de calor”

Documento sob sigilo revela presença de ferro na área queimada do equipamento.

24/11/2025 20:40

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(Imagem de reprodução da internet).

Conclusão da PF sobre a tornozeleira de Jair Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) divulgou nesta segunda-feira (24) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou abrir a tornozeleira eletrônica que usava, utilizando uma “fonte de calor”. O laudo, que permanece sob sigilo, revelou a presença de ferro na área danificada do dispositivo, que é feito de plástico, e confirmou que houve danos físicos significativos.

O relatório indicou que uma “ferramenta pontiaguda de ferro ou aço, com calor contínuo”, possivelmente um ferro de solda, foi utilizada para danificar o equipamento. Essa informação é crucial, pois a violação da tornozeleira foi um dos motivos citados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para determinar a prisão preventiva de Bolsonaro no último sábado (22).

Detalhes da perícia realizada

Os peritos da PF utilizaram diversas técnicas para chegar a essas conclusões, incluindo registro fotográfico, análise microscópica e microfluorescência de raios-X, além de testes comparativos com uma tornozeleira intacta. Os resultados mostraram “danos significativos” e a utilização de calor para abrir o case do aparelho.

Um segundo laudo está sendo elaborado para investigar possíveis danos no circuito eletrônico e identificar qual sensor foi acionado durante o processo de aquecimento. Esse exame será realizado pela área de perícias em eletrônicos e é considerado menos urgente, já que o sistema da tornozeleira funcionou corretamente, alertando a central de controle sobre a violação.

Próximos passos da investigação

Os testes estão sendo realizados no Instituto Nacional de Criminalística da PF, localizado em Brasília, onde Bolsonaro está detido. A investigação continua em andamento, e a PF busca esclarecer todos os detalhes relacionados à tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.

Bolsonaro já admitiu ter utilizado um ferro de solda para danificar o dispositivo, o que levanta questões sobre a segurança e a integridade dos sistemas de monitoramento eletrônico utilizados em casos de prisão.

Fonte por: CNN Brasil

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