Lia Clark comenta sobre elogios ao aparecer “desmontada”: “Engajamento muda”

Artista discute corpo, atenção do público e reações distintas fora do universo drag.

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(Imagem de reprodução da internet).

Lia Clark Reflete Sobre a Reação do Público e a Liberdade do Corpo

A cantora Lia Clark, de 33 anos, compartilhou suas percepções sobre a reação do público ao aparecer “desmontada”, especialmente em fotos sem camisa. Em sua visão, essa discussão está profundamente ligada à forma como ela construiu sua carreira e seu discurso artístico, abordando temas como corpo e liberdade, além dos diferentes olhares sobre artistas LGBTQIAPN+.

O Papel da Música e a Importância da Autoestima

Para Lia, a música transcende o entretenimento, servindo como um posicionamento político. Ela acredita que seu trabalho aborda questões de liberdade, corpo e desejos, criando um espaço de escape das pressões sociais. Apesar de seu viés político, a artista enfatiza que o prazer e a diversão são essenciais em sua música, permitindo que as pessoas se sintam livres para dançar e rir, sem se preocupar com expectativas externas.

Ao discutir autoestima, Lia revelou que a drag foi fundamental para sua aceitação pessoal. Ela mencionou que começou a se amar quando começou a se montar, um processo que a ajudou a superar inseguranças da adolescência, quando enfrentou desafios por ser uma pessoa preta, afeminada, magra e alta.

A Reação do Público e a Crítica à Exposição Física

Embora Lia tenha amadurecido, ela também desenvolveu uma visão crítica sobre a forma como o público reage às suas diferentes versões. Ela observou que os elogios a sua aparência muitas vezes superam a atenção recebida por seu trabalho musical. Essa disparidade a incomoda, pois o engajamento nas redes sociais é significativamente maior quando aparece sem camisa em comparação a quando lança novos trabalhos ou se apresenta de drag.

Com humor e ironia, Lia reflete sobre essa situação, destacando que a atenção do público muitas vezes se concentra mais na imagem do que na obra artística. Para ela, essa diferença de percepção evidencia como o corpo, especialmente quando não está “montado”, é interpretado de maneira distinta pelo público, revelando um interesse que nem sempre está ligado à sua música.

Conclusão: A Dualidade da Exposição e da Arte

Lia Clark, reconhecida como uma das pioneiras do funk queer, continua a desafiar as normas de percepção sobre corpo e arte. Sua experiência ressalta a importância de discutir como a sociedade consome a imagem de artistas, muitas vezes em detrimento de seu trabalho criativo. A artista busca um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a crítica à superficialidade da atenção recebida, promovendo um diálogo essencial sobre identidade e aceitação.

Fonte por: CNN Brasil

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