Líder do PT afirma que PL da Dosimetria visa beneficiar Bolsonaro com nova lei

Presidente da Câmara agenda votação de proposta, enquanto ministra Gleisi Hoffmann anuncia voto contrário do governo.

09/12/2025 18:50

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(Imagem de reprodução da internet).

Projeto de Redução de Penas é Criticado por Líder do PT

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), manifestou sua oposição ao projeto que propõe a redução de penas para condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele afirmou que a proposta é uma “lei específica para beneficiar Bolsonaro”, destacando que a votação está marcada para esta terça-feira, 9, conforme anunciado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Críticas ao Projeto e Ações da Bancada

Lindbergh Farias considerou inaceitável que o Parlamento busque, de maneira oportunista, diminuir a pena de Jair Bolsonaro. Ele enfatizou que toda legislação deve ser geral e não específica para beneficiar indivíduos. O deputado também mencionou que o relator do projeto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), discutiu a redução da pena de Bolsonaro em uma reunião do Colégio de Líderes.

O parlamentar declarou que a bancada do PT utilizará instrumentos legislativos para tentar adiar ou retirar o projeto da pauta. Ele ainda ressaltou que, caso o projeto seja aprovado, há a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Possíveis Consequências e Reações

Lindbergh expressou sua convicção de que o projeto é inconstitucional e que a bancada lutará contra sua aprovação. Ele alertou que, se o projeto passar na Câmara, haverá reações no Senado e a possibilidade de veto pelo governo, além da intervenção do STF.

Governo se Posiciona Contra o Projeto

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, anunciou que o governo se posicionará contra o projeto de lei. Ela classificou a proposta como um “retrocesso grave”, destacando que a redução das penas aplicadas pelo STF aos condenados pela tentativa de golpe de Estado é uma questão séria.

Gleisi ressaltou que a proposta fragiliza a legislação brasileira contra futuras tentativas de golpe, afirmando que um arranjo político não deve comprometer a integridade de normas essenciais para a democracia e o país.

Fonte por: Estadao

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