Liga Árabe reprova reconhecimento de Somaliland por Israel

Países árabes e islâmicos contestam decisão, apoiam soberania da Somália e alertam para riscos à paz regional e global.

2 min de leitura
somalilândia

somalilândia

Reunião de Emergência da Liga Árabe Após Reconhecimento da Somalilândia por Israel

No último domingo (28 de dezembro de 2025), a Liga Árabe convocou uma reunião de emergência em resposta ao reconhecimento da Somalilândia por Israel, anunciado na sexta-feira (26 de dezembro de 2025). A Somalilândia é uma região autodeclarada independente da Somália, com uma população de aproximadamente 4,5 milhões de habitantes.

O objetivo do encontro foi discutir as implicações diplomáticas e de segurança decorrentes da decisão israelense, que é considerada sem precedentes no contexto do Chifre da África e do Mar Vermelho, além de seus possíveis efeitos sobre a ordem internacional.

Rejeição ao Reconhecimento e Seus Efeitos

Em um comunicado conjunto, os ministros das Relações Exteriores de 22 países, juntamente com representantes da Organização da Cooperação Islâmica, expressaram uma rejeição inequívoca ao reconhecimento da Somalilândia por Israel. O documento destaca que essa medida ignora o direito internacional e pode comprometer a paz e a segurança tanto regionais quanto globais.

O comunicado apresenta cinco pontos principais:

Reação da Somália e Contexto da Somalilândia

Após o reconhecimento, o governo da Somália emitiu um comunicado oficial, descrevendo a medida como um “ataque” à sua soberania e uma “ação ilegal”, reafirmando que a Somalilândia é parte “inseparável” do território somali.

A Somalilândia controla a região noroeste do antigo Protetorado Britânico no norte da Somália e desenvolveu suas próprias estruturas políticas, incluindo moeda, bandeira e parlamento independentes. No entanto, algumas áreas orientais permanecem em disputa por comunidades que não apoiam o movimento separatista liderado pela capital Hargeisa.

Conclusão

A situação em torno do reconhecimento da Somalilândia por Israel gerou uma onda de reações negativas entre os países árabes e islâmicos, que veem a medida como uma ameaça à estabilidade regional e à ordem internacional. O desdobramento desse caso poderá ter implicações significativas para a política no Chifre da África e além.

Fonte por: Poder 360

Sair da versão mobile