Lula afirma que não se humilhará e entregará seus bens

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não demonstrará tristeza ou submissão para que os Estados Unidos adquiram produtos brasileiros. O presidente Donald Trump (Partido Republicano) impôs tarifas de 50% em algumas exportações do Brasil.

Se os Estados Unidos não desejarem a compra, não importa. Eu não vou demonstrar frustração, não vou me submeter, buscarei outros países para vender os produtos que comercializamos com eles e prosseguiremos. Eu aprendi a andar com a cabeça erguida.

O petista proferiu discurso na inauguração da Fábrica de Hemoderivados da Hembrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) em Goiana (PE). A unidade industrial representou um investimento de R$ 1,9 bilhão para o governo e terá como função a produção de medicamentos a partir do excedente de plasma humano doado por hemocentros em território nacional.

Apesar de declarar o desejo de negociar com os norte-americanos, Lula afirmou que buscará outros mercados. “Não deixaremos que nossas empresas morram em vão e também não vamos ficar chorando que ele parou de comprar, nós vamos tentar vender para a China, Índia, Rússia, para a Alemanha, para qualquer lugar”, disse.

Lula afirmou que não conversa de forma direta com os Estados Unidos, mas trata todos os países da mesma maneira. Reafirmou que as justificativas de Trump para a imposição de tarifas não são consideradas válidas. Indicou que o Brasil não está buscando perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que irá regular as redes sociais das grandes empresas norte-americanas.

Ele afirmou que não vai aceitar que se regule as redes. Estamos fazendo o projeto de regulação. Ontem terminamos o projeto, vamos mandar. Porque aqui no Brasil tem lei e aqui no Brasil a lei vale para nós e vale para empresas estrangeiras que estão aqui dentro.

O Poder360 apontou que o presidente do Brasil deverá encaminhar, na próxima semana, ao Congresso um projeto para regulamentar as plataformas digitais. O texto do governo incluirá um trecho sobre a proteção de crianças e adolescentes nas redes sociais. A iniciativa surge em decorrência da viralização de um vídeo no YouTube, produzido pelo influenciador Felca, acerca da adultização e exploração comercial e sexual da imagem de crianças na internet.

Não permitiremos a insanidade que se pratica contra crianças e adolescentes, a pedofilia, a incitação ao ódio […]. Não vamos tolerar isso e, por isso, vamos regular, e queremos responsabilizar quem utiliza crianças para praticar pedofilia. Isso não terá espaço.

Fonte por: Poder 360