O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na quarta-feira (13.ago.2025), que o Brasil respeita os direitos humanos e que os Estados Unidos têm o hábito de retratar os opositores como “demônios” internacionalmente.
Durante o anúncio do plano de ajuda aos exportadores impactados pela tarifação de Donald Trump (Partido Republicano), o petista declarou que não deseja confrontar, mas sim negociar com os norte-americanos.
Ele afirmou que ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como está tentando apresentar ao mundo. Porque nossos amigos norte-americanos, toda vez que resolvem brigar com alguém, tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem atacar.
O Departamento de Estado dos EUA divulgou o Relatório Nacional de 2024 Sobre Práticas de Direitos Humanos para o Brasil em 12 de agosto. O documento indica que “a situação dos direitos humanos no Brasil piorou ao longo do ano de 2024”. Contém pelo menos 24 menções ao “cerceamento de liberdade de imprensa”, ao 8 de Janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O governo dos Estados Unidos considera que o Brasil adotou medidas amplas e desproporcionais para restringir a liberdade de expressão e o debate democrático, além de suprimir o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, utilizando a classificação de “discurso de ódio”, considerada “vaga”, para silenciar discursos politicamente desfavoráveis.
De acordo com Lula, o aspecto mais problemático do modelo adotado é que as alegações apresentadas não correspondem à realidade. Ele mencionou que é inaceitável os Estados Unidos alegarem um déficit comercial com o Brasil, quando, na verdade, o cenário é o oposto.
Ele também afirmou que o Judiciário brasileiro é independente e está conduzindo um julgamento democrático do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com garantia de ampla defesa e fundamentado em acusações de seus aliados e não da oposição.
Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que o Brasil reconhece a influência dos Estados Unidos no golpe de 1964 devido a um país que não deseja confrontos com outras nações.
Declarou que se ignora uma relação de 201 anos de história, incluindo o golpe de 1964 e o papel da embaixada dos EUA.
O presidente declarou que o governo ainda não anunciará nenhuma medida de reciprocidade para evitar qualquer movimento que possa agravar a relação diplomática. Lula afirmou que o momento é de “aproximar” as relações.
O petista afirmou que buscará novos mercados para os produtos brasileiros e que pretende realizar uma videoconferência com o Brics, grupo de países emergentes que inclui China, Rússia, China, África do Sul e outros. Naquela ligação, o bloco analisaria o cenário das tarifas dos EUA em relação ao mundo.
É importante ressaltar que não devemos nos sentir apavorados, nervosos e excessivamente excitados diante de uma crise. A crise existe para que possamos criar coisas novas. A humanidade desenvolveu grandes realizações que a salvaram em momentos de crise, declarou.
Lula afirmou que as tarifas impostas ao Brasil não têm base econômica: “É um debate político com teor ideológico”.
Acompanhe o anúncio das medidas do governo Lula para combater o aumento das tarifas (45min):
Plano de Contingência
A MP, com força de lei e batizada de “Plano Brasil Soberano”, destina R$ 30 bilhões em crédito para exportadores brasileiros. Além da liberação destes valores para empresas, existem outros itens como:
Fonte por: Poder 360