Lula afirma que tarifas não são instrumentos de coerção

Presidente é agraciado com doutor honoris causa pela Universidade Nacional da Malásia e se reunirá com Trump no domingo.

25/10/2025 7:00

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Lula

Lula defende o Sul Global em discurso na Malásia

No último sábado (25 de outubro de 2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “tarifas não são mecanismos de coerção”. Durante sua fala, ele destacou que “nações que não se dobraram ao colonialismo e à dicotomia da Guerra Fria não se intimidarão diante de ameaças irresponsáveis”.

Lula deve se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no domingo (26 de outubro). Embora a reunião ainda não esteja oficialmente confirmada, ambos os líderes indicaram que devem conversar sobre questões relacionadas ao tarifaço. Eles estão na Malásia para participar da 47ª Cúpula da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático).

Discurso e reconhecimento internacional

As declarações de Lula foram feitas durante uma cerimônia em Kuala Lumpur, onde recebeu o título de doutor honoris causa em Desenvolvimento Internacional e Sul Global pela Universidade Nacional da Malásia. Em seu discurso, ele não mencionou diretamente os Estados Unidos ou Trump, mas criticou o aumento do protecionismo e a paralisia da Organização Mundial do Comércio, que, segundo ele, criam uma situação de assimetria insustentável para o Sul Global.

O termo “Sul Global” refere-se a um conceito geopolítico que abrange países em desenvolvimento e emergentes, que frequentemente se opõem a certas políticas dos Estados Unidos e da Europa Ocidental. Lula enfatizou que é “inaceitável que os países ricos tenham nove vezes mais poder de voto no FMI do que o Sul Global”, defendendo que a arquitetura financeira internacional deve priorizar o desenvolvimento sustentável.

Conclusão sobre a viagem e suas implicações

Além de suas declarações sobre comércio e desigualdade, Lula também destacou a importância de sua viagem à Malásia como uma demonstração de que o mundo precisa de “livre comércio e não de protecionismo”. Antes da cerimônia, ele se encontrou com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, e comentou que “andar de cabeça erguida é mais importante que um prêmio Nobel”.

Essas declarações refletem a posição de Lula em relação às desigualdades globais e a necessidade de um sistema econômico mais justo, especialmente para os países em desenvolvimento.

Fonte por: Poder 360

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