Lula critica prisão de brasileiros em flotilha interceptada por Israel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “absurda” a detenção de brasileiros que integravam uma flotilha interceptada pelo governo israelense ao tentar acessar a Faixa de Gaza para distribuir insumos. Lula afirmou que Israel violou leis internacionais ao interceptar os integrantes da “Flotilha Global Sumud”, que estavam fora de seu mar territorial.
O presidente destacou que Israel continua a cometer violações ao manter os cidadãos brasileiros detidos. Ele informou que deu instruções ao Ministério das Relações Exteriores para garantir a integridade dos compatriotas e utilizar todos os recursos diplomáticos e legais para resolver a situação rapidamente, permitindo que os brasileiros retornem ao país em segurança.
Visita do Itamaraty e protestos dos detidos
Enquanto as negociações para a liberação dos brasileiros prosseguem, o Ministério das Relações Exteriores realizou uma visita consular aos detidos na manhã desta segunda-feira (6). Até o momento, não há previsão de soltura do grupo que se encontra no centro de detenção em Ketziot, no sul de Israel.
De acordo com a Global Sumud Flotilha, quatro brasileiros, Thiago Ávila, João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles, iniciaram uma greve de fome como forma de protesto não violento. Além disso, Thiago Ávila começou uma greve de sede até que os medicamentos necessários sejam entregues à comitiva.
Desde a interceptação da flotilha, cerca de 137 ativistas foram deportados, conforme informações do Ministério das Relações Exteriores da Turquia. O governo israelense ofereceu aos detidos a opção de assinar um documento que aceleraria o processo de deportação, e apenas cinco brasileiros demonstraram interesse em assinar. Um deles, Nicolas Calabrese, já foi deportado e deve retornar ao Brasil nesta segunda-feira.
Conclusão sobre a situação
A situação dos brasileiros detidos em Israel continua a ser monitorada pelo governo brasileiro, que busca garantir a segurança e o retorno dos cidadãos ao país. As ações diplomáticas estão em andamento, enquanto os detidos realizam protestos em busca de melhores condições e liberdade.
Fonte por: CNN Brasil