Lula equipara machismo à escravidão em encontro sobre violência
Presidente declara que homem acredita poder se apropriar da mulher “como se apoderava do escravo” no Brasil colonial.
Lula critica mentalidade machista em reunião sobre violência contra mulheres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma comparação entre a mentalidade de homens que se consideram “donos de mulheres” e a escravidão durante uma reunião com líderes do Judiciário e do governo, focando na violência contra as mulheres. Lula destacou que essa visão é uma herança cultural que precisa ser confrontada.
Durante o encontro, o presidente afirmou que muitos homens são educados para se apropriar das mulheres, assim como os senhores de escravos no Brasil colonial. Ele enfatizou que essa mentalidade machista está profundamente enraizada na sociedade brasileira e é um dos principais fatores que contribuem para a violência de gênero.
Educação e machismo
Lula ressaltou que o machismo deve ser abordado no contexto educacional, afirmando que a forma como os meninos e meninas são criados contribui para a perpetuação da violência. Ele citou exemplos de desigualdade na educação, como a expectativa de que meninas casem virgens, enquanto os meninos são incentivados a explorar sua sexualidade precocemente.
O presidente também mencionou que o avanço das mulheres em diversas áreas, como no mercado de trabalho e na política, incomoda alguns homens. Ele acredita que essa resistência é um reflexo da luta por igualdade de gênero.
Medo de denunciar agressores
Lula reconheceu que muitas mulheres têm medo de denunciar seus agressores, temendo as consequências que isso pode trazer para suas vidas. Ele destacou a importância de criar um ambiente seguro para que as mulheres se sintam à vontade para fazer denúncias.
Participação de autoridades na reunião
O encontro contou com a presença de diversas autoridades, incluindo a primeira-dama Janja, o presidente do STF, Edson Fachin, e outros ministros. Apesar da expectativa, não foi apresentado um plano de trabalho ou uma cartilha informativa. Lula propôs a criação de um pacto nacional contra o feminicídio, envolvendo todos os poderes.
Conclusão sobre a luta contra a violência de gênero
O presidente enfatizou que a luta contra a violência de gênero deve ser uma responsabilidade compartilhada entre todos os níveis de governo, incluindo prefeituras. Lula tem intensificado seu discurso sobre a violência contra as mulheres, buscando mobilizar a sociedade para enfrentar esse problema de forma conjunta.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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