Lula insiste na redução de juros pelo Banco Central
Petista critica autoridade monetária pela queda da Selic durante lançamento do novo programa habitacional do governo.

Lula defende redução da taxa de juros para impulsionar economia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta segunda-feira (20 de outubro de 2025), que o Banco Central deve iniciar a redução da taxa básica de juros no Brasil. Segundo ele, essa medida é essencial para fomentar a economia e facilitar o acesso ao crédito.
Durante o lançamento do programa habitacional “Reforma Casa Brasil”, Lula enfatizou a necessidade de uma política monetária mais adequada, afirmando que o Banco Central deve começar a baixar os juros. O programa oferece crédito para reformas e ampliações de moradias, com uma taxa máxima de 1,95% ao mês.
Críticas à política monetária atual
Lula também abordou a questão dos lucros das empresas e instituições financeiras, defendendo que elas podem ser lucrativas sem “extorquir o povo”. Ele argumentou que, se o Banco Central reduzir os juros, os bancos poderão emprestar a taxas mais justas, beneficiando tanto os empresários quanto a população.
O presidente expressou seu desejo de que os empresários prosperem, mas ressaltou que isso não deve ocorrer à custa da população. Ele afirmou: “Quero que banqueiros ganhem dinheiro, mas não precisa extorquir o povo”.
Contexto da política monetária no Brasil
Desde o início de seu terceiro mandato, Lula tem criticado a política monetária e a autonomia do Banco Central, que era liderado por Roberto Campos Neto até dezembro de 2024. Com a nomeação de Gabriel Galípolo, indicado por Lula em janeiro de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros para 15%, o maior nível desde julho de 2006.
Na última reunião do Copom, em setembro, a taxa foi mantida nesse patamar pela segunda vez consecutiva. O Banco Central sinaliza que pretende manter a taxa elevada por um período prolongado para controlar a inflação, que em setembro registrou uma taxa mensal de 0,48% e um acumulado de 12 meses de 5,17%.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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