Lula propõe redução da jornada de trabalho e isenção de imposto sobre bônus salarial
Presidente critica jornada de 1943 e aponta distorções na tributação da participação nos lucros; confira no Poder360.
Reforma do Imposto de Renda e Mudanças na Legislação Trabalhista
A recente sanção da reforma do Imposto de Renda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe à tona novas discussões sobre a legislação trabalhista e a tributação de rendas elevadas. Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, realizada na quarta-feira, 26 de novembro de 2025, Lula destacou a necessidade de revisar a jornada de trabalho e mencionou a possibilidade de isentar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) paga aos empregados, que atualmente é tributada quando ultrapassa R$ 8.214.
Atualização das Regras Trabalhistas
O presidente enfatizou que as regras trabalhistas precisam ser atualizadas, uma vez que muitas delas foram estabelecidas há mais de 80 anos. Ele criticou a jornada de trabalho de 6 dias por semana, afirmando que essa estrutura não reflete mais as novas formas de produção. Lula argumentou que a revolução digital e os avanços tecnológicos mudaram a lógica do trabalho, tornando a jornada de 1943 obsoleta.
Além disso, Lula compartilhou sua experiência nas fábricas nos anos 1980, quando se opôs à robotização que resultou em desemprego. Ele ressaltou que a tecnologia, embora traga benefícios, também reduz a necessidade de mão de obra, o que pode levar a consequências sociais negativas.
Isenção do Imposto de Renda e Imposto de Renda Mínimo
No evento, Lula celebrou a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, que entrará em vigor em janeiro de 2026. A reforma também prevê a redução do imposto para rendimentos entre R$ 5.000 e R$ 7.350. Além disso, foi instituído o Imposto de Renda Mínimo, que estabelece uma tributação mínima de 10% para rendas anuais superiores a R$ 1,2 milhão, visando um grupo específico de contribuintes.
O presidente criticou a atual tributação da PLR, considerando-a injusta. Ele argumentou que enquanto os dividendos não são tributados, a participação nos lucros dos trabalhadores é. Lula sugeriu que a desoneração da PLR deve ser discutida, embora reconheça que isso poderia representar um custo adicional para o governo.
Considerações Finais
O deputado Arthur Lira, relator do projeto na Câmara, mencionou que mudanças na PLR podem ser discutidas em futuras gestões. Ao finalizar seu discurso, Lula pediu que o impacto da reforma não seja superestimado, ressaltando que, embora a medida seja simbólica, a luta por melhores condições de trabalho deve continuar. Ele incentivou as centrais sindicais a manterem a pressão por mudanças e melhorias.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação
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