Emmanuel Macron Nomeia Sébastien Lecornu como Primeiro-Ministro da França
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta sexta-feira (10) a re-nomeação de Sébastien Lecornu como primeiro-ministro. A decisão ocorre após a renúncia de Lecornu no início da semana, em meio a uma crise política que afeta a França desde 2024. A nova nomeação traz desafios, pois tanto a esquerda quanto a direita no Parlamento exigem um chefe de governo que não esteja alinhado a Macron. Lecornu, de 39 anos, terá a tarefa de formar uma maioria parlamentar para aprovar o orçamento de 2026 e lidar com o elevado endividamento público.
Desafios e Expectativas para o Novo Governo
Após aceitar a missão, Lecornu expressou seu dever em uma postagem na rede social X, apesar de ter declarado anteriormente que não buscava o cargo. A situação é complicada, pois a antecipação das eleições de 2024, feita por Macron sem consultar aliados, resultou em uma Assembleia Nacional sem uma maioria clara, dividida entre diferentes espectros políticos. Os dois primeiros-ministros anteriores foram destituídos ao tentarem aprovar seus orçamentos.
Crise Intensificada e Consultas Políticas
A crise se agravou na segunda-feira, quando Lecornu renunciou apenas 14 horas após a formação de seu gabinete, gerando insatisfação entre os conservadores do partido Los Republicanos (LR). Após consultas com diversos partidos, ele assegurou a Macron que poderia formar um governo estável para aprovar as contas de 2026. Uma reunião recente entre Macron e líderes políticos indicou a possibilidade de compromissos para evitar novas eleições legislativas.
Reações da Oposição e Expectativas Futuras
Após a indicação, tanto a extrema-direita quanto a esquerda radical ameaçaram censurar o governo, criticando Lecornu como “irresponsável”. O novo primeiro-ministro afirmou que seu governo representará uma “renovação” e que seus membros não terão ambições presidenciais para 2027. Lecornu terá liberdade na composição do gabinete e nas negociações com os partidos, conforme fontes próximas ao presidente.
Conclusão e Próximos Passos
Lecornu destacou que todos os assuntos discutidos nas consultas parlamentares estarão abertos ao debate, incluindo a polêmica reforma da previdência. A oposição socialista, que defende o adiamento da aposentadoria de 62 para 64 anos, afirmou que não há acordo com Lecornu para evitar sua censura. A principal missão do novo governo será apresentar rapidamente um orçamento que consiga reunir apoio na Assembleia e reduzir o endividamento público, que alcançou 115,6% do PIB em junho.
Fonte por: Jovem Pan